Por 189 votos a 2, Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova resolução contra bloqueio econômico a Cuba. Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, considerou a decisão uma vitória do país
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, na quinta-feira (1°), uma resolução que pede o fim do bloqueio econômico contra Cuba, imposto desde 1960 pelos Estados Unidos, como medida de retaliação à instauração do socialismo no país após a Revolução Cubana.
Com 189 votos a favor, incluindo o Brasil, apenas os Estados Unidos e Israel votaram pela continuidade do embargo.
De acordo com informações do Opera Mundi, atual embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, alegou que o órgão “não poderia colocar fim ao bloqueio” e pediu que, no lugar da ação, que o país caribenho fosse condenado por supostas “violações de direitos humanos“, uma afirmação à descontinuidade da aproximação entre os países que vinha sendo desenhada no governo de Barack Obama. Ucrânia e Moldávia que não votaram e nem se abstiveram, não foram contabilizadas.
Ainda de acordo com o Opera Mundi, durante os dois dias de audiência para debate da resolução, embaixadores do Egito, Jamaica, Venezuela e Vietnã saíram em defesa do país caribenho e destacaram que o embargo reflete uma violação e desconsidera a importância de Cuba para a economia global. “O fim do bloqueio contribuiria para o desenvolvimento mundial“, afirmou ainda, segundo o Opera Mundi, o representante do Egito, Mohamed Fathi Ahmed Edrees.
Em seu Twitter, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, que assumiu o posto em abril desde ano, considerou uma “vitória” a reafirmação de apoio da ONU e destacou a ajuda da Rússia que, segundo ele, foram os primeiros a defender o fim do bloqueio.
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