Barbárie

Dentista que matava concorrentes guardava livros de astrologia e ‘estudos da mente’

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Dentista brasileiro conhecido como 'maníaco da peruca' foi preso após quatro anos do primeiro crime. Investigações contaram com cooperação internacional. Serial Killer guardava livros sobre astrologia e estudo da mente

Dentista usava peruca (dir) quando saía para cometer seus crimes

O dentista Flávio do Nascimento Graça, de 39 anos, foi preso na última semana na cidade de Santos (SP) por assassinar seus concorrentes no ramo da odontologia.

A Polícia Civil apurou durante quatro anos de investigações que o dentista, conhecido como ‘maníaco da peruca’, nutria ódio à Clínica Americana, sua principal concorrente.

As atividades da então clínica de Flávio, a Oral New, em São Vicente (SP), foram encerradas em 2013. A concorrência foi decisiva para o ­fechamento.

A primeira vítima foi Agilson de Carvalho, de 54 anos, dono da Clínica Americana. Ele foi baleado pelas costas logo após sair do trabalho, na madrugada de 23 de dezembro de 2014, e morreu três dias depois.

Na segunda investida, em 16 de julho de 2015, foi morta a irmã de Agilson, Aldacy de Carvalho, de 56 anos, e ficaram feridos um outro irmão dele, Arnaldo de Carvalho, de 54, que morreu em novembro, e o sobrinho, de 21, atingido de raspão. O atentado ocorreu após as vítimas saírem da unidade no Centro de Santos (SP).

O terceiro crime ocorreu na Rua Marcílio Dias, no Gonzaga, em 23 de setembro de 2015, tendo como vítima uma funcionária da clínica, que foi ferida a tiros e sobreviveu.

Em alguns dos ataques o homem acabou usando uma peruca para não ser reconhecido, mesmo assim, foi flagrado por câmeras de monitoramento e identificado posteriormente.

Na casa em que Flávio foi encontrado foram apreendidos alguns livros sobre como trabalhar o cérebro e um sobre astrologia. Os materiais foram achados dentro de uma mochila, onde estavam também uma faca e uma arma de choque.

“Não encontramos nem colchão no local. Parecia um refúgio. Ele dormia com a mochila na cabeça”, disse o delegado responsável.

Segundo Manoel Gatto Neto, diretor da Polícia Civil, houve contatos até com a Interpol (polícia internacional que reúne 192 países) e com as polícias dos Estados Unidos e Portugal em busca de informações que indicassem o paradeiro de Flávio.

(Divulgação/Polícia Civil)

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