Luxemburgo: a nação que está prestes a se tornar a primeira do planeta com transporte público inteiramente gratuito
Luxemburgo está prestes a se tornar o primeiro país do mundo com transporte público inteiramente gratuito. A promessa foi feita pelo primeiro-ministro do país, Xavier Bettel, do partido Democrata, que foi reeleito para seu segundo mandato e tomou posse nesta quarta-feira (05/12).
A gratuidade no transporte valerá para metrô, trens e ônibus e entrará em vigor no próximo verão do país, em junho de 2019.
Apesar de Luxemburgo ser um dos menores países da Europa, com cerca de 590 mil habitantes, sua capital, a cidade de Luxemburgo, sofre com engarrafamentos e trânsito intenso.
Segundos dados do poder público local, os motoristas da capital passaram 33 horas parados no trânsito em 2016. Além disso, estima-se que a cidade de Luxemburgo, de 110 mil habitantes, receba diariamente mais de 200 mil pessoas que moram em países vizinhos como França, Bélgica e Alemanha e atravessam as fronteiras para trabalhar.
A gratuidade no transporte não é uma medida isolada. Luxemburgo vem trabalhando há alguns anos em um projeto para tornar a mobilidade urbana mais inclusiva e barata. No último verão, o governo inaugurou a gratuidade para crianças e jovens de até 20 anos de idade. Estudantes secundaristas também não pagam passagem.
Atualmente, a tarifa comum para todos os tipos de transporte público é de 2 euros (aproximadamente R$8,80) para uma viagem de duas horas – o que, em um país que possui pouco mais de 2.500 m², cobre qualquer destino.
Detalhes como tarifas diferenciadas para primeira e segunda classe em trens de viagem ou cargueiros ainda serão debatidos pelo governo. Entretanto, a meta do premiê é abolir todas as tarifas até o começo de 2020.
Durante campanha, Bettel, que comanda um governo de coalizão com o partido de esquerda Trabalhadores Socialistas e o partido Verde, priorizou temas como preservação do ambiente e mobilidade urbana.
Além da gratuidade no transporte público, o governo também está considerando a legalização da maconha para uso recreativo.
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Opera Mundi
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