Um triângulo amoroso e um comentário que disparou um gatilho: polícia conclui inquérito do caso do empresário que quase matou idoso a socos e pontapés
Edylla Katharine Oliveira Carneiro foi indiciada pela polícia como coautora de um crime que chocou os brasileiros há duas semanas.
As investigações apontaram que a mulher mantinha uma relação extraconjugal com o empresário e fisiculturista Bruno Nunes Elihimas, responsável por espancar o idoso William José de Souza em Recife (PE).
O delegado Ramon Teixeira divulgou um balanço das investigações:
“No dia do crime, Edylla chegou no apartamento em um carro com Bruno, o agressor do idoso. Ela mantinha um caso com Bruno e a informação foi confirmada pelo próprio marido. 15 minutos depois, o carro sai do prédio e retorna. Nesse intervalo, ela entra no apartamento e pergunta ao marido por William [o idoso]”.
Neste mesmo momento em que Edylla está no seu apartamento com o marido, as imagens das câmeras de segurança registraram a agressão de Bruno, o amante, a William José de Souza, de 61 anos.
William José havia acabado de deixar algumas compras no apartamento de Edylla e saiu do prédio. Ele prestava alguns serviços ao marido dela. Bruno estava lá fora esperando o idoso para agredi-lo.
As investigações apontam que as agressões foram motivadas por um comentário de William. “A agressão ocorreu porque o senhor William teria dito que o esposo de Edylla era como pai e mãe para os dois filhos deles. A mulher não gostou e ficou bastante irritada. William sabia que ela traía o marido com Bruno”, diz o delegado.
Imagens do circuito interno do edifício mostraram o momento em que Edylla volta a se encontrar com Bruno depois das agressões. A mulher lava as mãos sujas de sangue do empresário (imagem acima).
“Um triângulo amoroso e um comentário sobre a atuação da esposa como mãe. Esses foram os ingredientes que motivaram o crime”, resume o delegado Ramon.
Ouvida pela polícia, Edylla montou uma versão fantasiosa que não coincide com a realidade. “Ela diz que William era uma pessoa detestável e que havia provocado um aborto, mas a gravidez não é comprovada por exames e o idoso é apontado como uma pessoa gentil por outras testemunhas”.
A versão apresentada por Edylla foi possivelmente combinada com Bruno e os seus advogados.
Apesar de considerar o crime premeditado, a Polícia desconsiderou a tentativa de homicídio. “Temos imagens de que as agressões cessaram e Bruno expulsa William do local. A nosso ver, isso descaracteriza as hipóteses de tentativa de homicídio”.
Bruno foi indiciado por lesão corporal grave e está preso desde que compareceu à Delegacia de Boa Viagem. Nas redes sociais, ele se declarava fã de Jair Bolsonaro (PSL) e publicou até imagens do seu batismo em uma igreja evangélica (saiba mais aqui).
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