Reduzir o consumo de carne vermelha deveria ser uma meta para 2019
Diminuir, aos poucos, o consumo de carne vermelha é mais simples do que imaginamos e deveria ser uma meta para 2019. Há pelo menos 6 motivos fortes para isso
O esperado 2019 chegou e, com ele, as famosas listas de resoluções de novo ano. Se você ainda não decidiu quais metas quer conquistar ao longo deste, aqui vai um bom conselho: reduzir o consumo de carne vermelha.
Calma, não é parar de ir a churrascos ou mesmo nunca mais se deliciar com um hambúrguer. A ideia é diminuir, aos poucos, o consumo de carne – não riscar do cardápio – e acrescentar mais alimentos de origem vegetal, como grãos, frutas, verduras e legumes. E é mais simples do que você imagina (explicamos melhor abaixo).
Se você ainda não se convenceu, elencamos alguns benefícios da redução da carne vermelha para a sua saúde:
Diminui risco de doenças cardiovasculares
Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram que o consumo regular de carne vermelha aumenta o risco de uma pessoa ter ataque cardíaco e doenças vasculares, como pressão alta. Outro estudo revelou que vegetarianos e veganos são menos hipertensos do que aqueles que consomem carne.
Diminui o risco de diabetes
A Associação Americana de Diabetes divulgou um estudo em que diz que pessoas que seguem uma dieta vegetariana diminuem o risco de síndrome metabólica, um conjunto de fatores de risco ligados ao diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Os participantes que evitaram consumir produtos com carne tiveram pressão arterial menor, assim como os níveis de açúcar no sangue e triglicérides controlados.
Diminui o risco de câncer
O consumo de carne vermelha (como de boi, porco e cordeiro) em excesso também pode facilitar o desenvolvimento de câncer no intestino (cólon e reto), segundo um informativo publicado pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer). Isso ocorre porque estas carnes contêm grandes quantidades de ferro heme, nutriente essencial ao corpo mas, em excesso, pode ter efeito tóxico sobre as células.
O instituto recomenda o consumo limitado a 500 gramas de carne cozida por semana.
Suas calças vão vestir melhor
Comer mais vegetais e legumes significa comer mais fibras, um nutriente fundamental para o regulamento do intestino. Carne vermelha causa constipação e aquela sensação de “pesado“. “Muitas mulheres utilizam remédios e produtos vendidos sem receita para ajudá-las a irem ao banheiro todos os dias, mas uma dieta vegetariana pode certamente ajudar nisso“, disse Dawn Jackson Blatner, autora de The Flexitarian Diet. “Quando você tem digestão regular e não está sempre se sentindo inchado, você se sentirá mais magro e energizado“, disse.
Sua pele vai brilhar
Vegetarianismo é uma das melhores dietas para a sua pele, uma vez que frutas, vegetais e grãos integrais são ricas em antioxidantes, vitaminas, minerais e nutrientes essenciais para uma pele mais bonita e funcionamento do intestino (que também ajuda a manter a pele limpa e bonita).
Mais saúde para você, mais saúde para o planeta
Não é só seu corpo que se beneficia com a diminuição do consumo de carne. Em outubro deste ano, um estudo publicado na revista especializada Nature alertou que grande redução no consumo de carne é necessário para evitarmos mudanças climáticas: precisaríamos diminuir em 90% o consumo de carne, e substituir por mais grãos e leguminosas.
A produção de carne é considerada uma das principais causadoras do aumento da temperatura da terra: a produção destes alimentos gera gases do efeito estufa, destrói florestas e ainda usa quantidades insustentáveis de água.
Além de todo impacto ambiental, a carne vermelha e laticínios correspondem por apenas 18% de todas as calorias alimentares disponíveis e por cerca de um terço das proteínas.
Isso representa uma reviravolta quando pensamos em como ajudar o meio ambiente: esqueça o carro elétrico, andar de bicicleta ou reciclar seu lixo. A melhor maneira de salvar o planeta é reduzindo drasticamente seu consumo de carne.
Por onde começar, então?
Se entrarmos em um acordo de que reduzir a carne é uma meta positiva para 2019, por onde começar?
Pesquisadores têm essa resposta e ela se chama “flexitarianismo“, que é a dieta que incentiva a redução de carne e sua substituição por alimentos de origem vegetal.
Flexitarianismo (ou flexitarismo ou mesmo “vegetarianismo casual“) é uma dieta que está cada vez mais popular. Ela é baseada em vegetais, mas permite o consumo ocasional de carne. Não existe uma regra para esta redução: você pode trocar uma proteína animal pela vegetal em uma das refeições do dia ou limitar o consumo de carne em duas ou, no máximo, três vezes por semana.
Um ótimo começo é aderir ao movimento “Segunda sem Carne”, que propõe o primeiro dia da semana totalmente vegetariano.
A ideia é dar mais espaço no prato para vegetais e, por que não, descobrir novos sabores, receitas e fontes de proteínas e vitaminas.
“Seguindo a dieta flexitariana, você vai comer refeições mais vegetais. É sobre adicionar novos alimentos em sua dieta, e não sobre proibir nenhum deles. E isso pode ser extremamente benéfico para sua saúde“, disse a nutricionista Emer delaney, à BBC. “Estes alimentos de origem vegetal incluem lentilhas, feijões, nozes e sementes, todas ótimas fontes de proteína.”
Luiza Belloni, Huffpost
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