Damares chora e exibe mãos sujas de sangue em vídeo contra lei de atendimento a vítimas de violência sexual no SUS
Viralizou nas redes sociais um vídeo gravado em 2013 em que a hoje ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves, exibe mãos sujas de tinta vermelha, em alusão a sangue, e as esfrega em uma camiseta branca.
O vídeo fez parte da campanha antiaborto “Não quero sangue inocente em minhas mãos”, criada com o objetivo de pressionar a então presidente Dilma Rousseff a vetar o Projeto de Lei Complementar 3/2013, que tornou obrigatório o atendimento imediato a vítimas de violência sexual no SUS.
Os defensores do veto alegavam que a garantia do atendimento, nesses casos, tornaria o aborto legal no país.
A campanha não teve êxito e a lei foi sancionada sem vetos. De acordo com a norma, o atendimento a vítimas de violência deve incluir o diagnóstico e tratamento de lesões, a realização de exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. A lei também determina a preservação do material coletado no exame médico-legal.
“O país está diante de uma escolha: bênção ou maldição! Não se esqueçam, o sangue dessas crianças irá clamar a Deus desde a terra como clamou o sangue de Abel”, destacaram os defensores do veto em manifesto divulgado na época.
Quando o vídeo foi gravado, Damares era assessora parlamentar do deputado Arolde de Oliveira (PSD-RJ), que será empossado senador no próximo dia 1º.
Em nota, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos afirmou que “não trabalhará por alterações na legislação relacionada ao aborto por entender que o tema é de competência do Congresso Nacional”.
Desde que foi anunciada como ministra, Damares virou alvo de diversas polêmicas, muitas delas suscitadas por vídeos antigos em que aparece em pregações religiosas, condenando relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e o aborto, entre outras práticas.
Na semana passada, uma gravação dela foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter na Holanda. No vídeo, antigo, ela diz a seguidores religiosos que holandeses costumam estimular sexualmente as crianças.
Vídeo:
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