Flávio Bolsonaro falta a depoimento no Ministério Público
Flávio Bolsonaro segue exemplo da família Queiroz e não comparece a depoimento no Ministério Público para prestar esclarecimentos
O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não compareceu ao Ministério Público do Rio de Janeiro na tarde desta quinta-feira (10). O filho do presidente era aguardado para prestar esclarecimentos sobre as movimentações financeiras atípicas de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz.
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Na última terça-feira (8), as filhas e a mulher do policial militar Fabrício Queiroz também faltaram ao depoimento no Ministério Público. Elas seguiram o exemplo do próprio Queiroz, que já havia fugido de duas convocações do MP.
Flávio Bolsonaro publicou uma nota em suas redes sociais, afirmando que se compromete a agendar dia e hora para apresentar esclarecimentos apenas se tiver acesso aos autos.
Por ter prerrogativa parlamentar, Flávio Bolsonaro não é obrigado a comparecer para prestar esclarecimentos. Eticamente, porém, sua ausência é questionável.
Entenda o caso
Policial militar da reserva, Fabrício Queiroz é amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro e ex-assessor de Flávio Bolsonaro e teve movimentações financeiras de R$ 1,2 milhão consideradas atípicas rastreadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Da mesma conta, saíram R$ 24 mil depositados em uma conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O ex-assessor ainda não prestou esclarecimentos ao MP sob a justificativa de problemas de saúde. Ele foi internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, em 30 de dezembro, e teve alta na terça-feira (8).
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro contou que pagou o hospital, um dos mais caros do país, com recursos próprios e que fará sessões de quimioterapia, que poderão durar de três a seis meses.
O Ministério Público do Rio de Janeiro informou que tem elementos para prosseguir com as investigações mesmo sem ouvir a família Queiroz e para pedir a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-policial militar.
Em entrevista ao SBT no dia 26 de dezembro, Queiroz disse que parte de sua renda vinha da “venda e revenda de carros”.
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