Polícia Federal expediu mandado de prisão contra neto do ex-presidente João Figueiredo por esquema de corrupção. Nas redes sociais, Paulo Figueiredo define-se como um "liberal conservador" adorador de Trump, de Bolsonaro e de Olavo de Carvalho
A Polícia Federal deflagrou na terça, dia 29, uma operação que investiga esquema de pagamento de propina a diretores e ex-diretores do banco BRB em troca de investimentos em projetos como o do famoso Trump Hotel, no Rio, atual LSH Lifestyle.
Entre os investigados está Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto de João Figueiredo, último general da ditadura.
Foi expedido mandado de prisão contra ele, conta a Folha. Nas redes, Paulo coloca Weston, na Flórida, cidade-dormitório ao lado de Miami, como moradia.
Paulo trombeteava uma sociedade com Trump desde 2013, quando anunciou a construção do empreendimento.
A Trump Organization se retirou do negócio depois que ele ficou na mira das autoridades.
Segundo a Folha, “ao menos R$ 16,5 milhões em subornos foram pagos a dirigentes do BRB para que eles liberassem recursos de fundos de pensão de estatais e de órgãos públicos, administrados pelo banco, e da própria instituição financeira para os projetos que davam prejuízo e não passavam por análise técnica adequada, entre eles o do hotel”.
No Facebook, Paulo Figueiredo defende Trump afetando uma proximidade de insider e com ares de entendido na política americana.
Se dizia batizado por João Paulo 2º e católico praticante. Ficou rico, alegava, com exploração imobiliária na Barra da Tijuca.
Define-se como “conservador liberal”, eufemismo para direitista bocó.
O pacote completo: além de Trump, adora Bolsonaro, Olavo de Carvalho e, por último mas não menos importante, armas. Versículos da Bíblia enfeitam a coisa.
“O cidadão tem direito de se defender, e sua proteção não deve ser exclusiva da polícia, pelo mesmo motivo que você tem um extintor em casa, e não depende exclusivamente dos bombeiros”, falou ao El Pais.
Foi diretor do Instituto Liberal, cujo site tinha como colunista Rodrigo Constantino. Os dois entrevistaram Lobão no YouTube em 2014.
Em 2015, queixou-se de ter sido barrado numa inspeção de segurança em aeroporto dos EUA. Seu principal argumento: “Não me chamo Ahmed!!!” (veja abaixo).
É dura a vida do ariano brasileiro na América. Especialmente com o FBI no pé.
Paulo Renato Figueiredo e Olavo de Carvalho
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