Educação

Nota do MEC diz que jornalista brasileiro é ligado a KGB e vira piada nas redes

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A internet não sabe se ri ou se chora com a nota do Ministério da Educação. Para além das conspirações, texto está repleto de erros de pontuação e grafia

Internautas não sabem se riem ou se choram com uma nota publicada pelo Ministério da Educação (MEC) que acusa um colunista brasileiro de manter ligações com a KGB, o antigo serviço secreto russo.

Tudo começou quando Ancelmo Gois, do jornal O Globo, denunciou a exclusão de vídeos que contavam a história de de personagens como Karl Marx, Friedrich Engels, Marilena Chauí, Antonio Gramsci e Friedrich Nietzche do site do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines).

Na nota, redigida em caixa-alta, o MEC afirma que o Ines abriu uma sindicância para investigar de quem é a “re-sponsabilidade” sobre o desaparecimento dos vídeos e que tomou a decisão de reinserir o material apagado da plataforma. O MEC também aponta que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, não está envolvido no caso.

Até a publicação desse texto, os vídeos ainda não estavam disponíveis. Além dos pensadores alinhados com a esquerda, as buscas que envolvem os verbetes “LGBTs” e “feminismo”, por exemplo, também não retornam resultados.

O trecho mais constrangedor – e que gerou milhares de comentários e compartilhamentos na publicação, no entanto, está no terceiro parágrafo. O MEC associa a figura do jornalista com a de um agente da KGB, da antiga União Soviética, extinta em dezembro de 1991.

“Durante sua vida como docente, o ministro da Educação sempre ensinou e defendeu a pluralidade e o debate de ideias, recusando-se a adotar métodos de manipulação da informação, desaparecimentos de pessoas e de objetos, que eram próprios de organizações como a KGB, que na década de 60, quando da sua fuga do Brasil para a Rússia, protegeu e forneceu identidade falsa para o colunista de O Globo”, diz a nota.

“Ancelmo Gois foi treinado em marxismo e leninismo na escola de formação de jovens quadros do Partido Comunista Soviético”, finaliza.

A repercussão, naturalmente, foi imediata. Confira:

A nota:

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