Vendedor diz que foi agredido, ameaçado e constrangido por Damares Alves. Ele ingressou na PGR para que o órgão abra investigação criminal contra a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
Thiego Amorim, de 34 anos, abriu uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR) contra Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
O vendedor se envolveu em uma confusão com Damares na loja de um shopping em Brasília na semana passada. Ele diz que foi agredido, ameaçado e constrangido pela ministra.
Suenilson Sá, advogado de Thiego, afirma que imagens das câmeras de segurança do estabelecimento podem comprovar que a ministra segurou o rapaz pelo pescoço, enquanto lhe dirigia a palavra em tom de ameaça, causando-lhe constrangimento.
De acordo com o relato do vendedor, a assessora que acompanhava a ministra no shopping teria dado um tapa em sua mão, enquanto Amorim pegava o celular para começar a gravar. O advogado afirma: o vídeo que viralizou não mostra tudo o que aconteceu dentro da loja.
“Na filmagem só aparece uma parte do que aconteceu, não mostra a evolução dos fatos. Antes, ele disse que a loja estava toda em promoção, ela chegou a experimentar uma roupa e foi no final que ele fez a pergunta sobre a cor da roupa de Damares”, afirmou Suenilson Sá.
A ministra vestia uma blusa azul e na véspera, em outro vídeo, havia celebrado: “É uma nova era no Brasil. Meninas vestem rosa, meninos vestem azul”.
“Ele começou a gravar porque se sentiu ameaçado. Não teria tido a atitude de filmar se ela não tivesse feito nada. O gesto de segurar em seu pescoço configura ameaça”, afirmou o advogado.
Sá também registrou ocorrência na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos. Segundo ele, essa medida foi necessária em decorrência de uma série de ameaças que o vendedor vem recebendo por meio das redes sociais, muitas delas contendo injúrias raciais.
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