"Sinto que poderia ter feito mais". Ela ajudou no acidente de Ricardo Boechat e foi homenageada por um artista. Desenho ganhou as redes
Um desenho do artista Angelo France, 40, viralizou nas redes sociais nesta terça-feira (12). A ilustração foi inspirada na vendedora Leiliane Rafael da Silva, de 29 anos.
A mulher é uma das principais testemunhas do acidente com o helicóptero do jornalista Ricardo Boechat, mas não só isso. Arriscando a própria vida, ela ajudou a salvar o motorista do caminhão que colidiu com a aeronave.
“Estou orgulhosa de mim, mas sinto que poderia ter feito mais alguma coisa”, disse Leiliane ao portal Universa, passados dois dias da tragédia.
Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quatrucci morreram no local da tragédia. João Adroaldo Tomanckeves, 52, foi retirado do caminhão pela mulher.
“Minha visão da imagem marcante no momento do acidente que vitimou o jornalista Ricardo Boechat e o piloto do helicóptero, Ronaldo Quattrucci. Heróis reais existem! Leiliane, que assistiu de perto a queda do helicóptero, desce da moto e corre salvar a vida do motorista do caminhão atingido no acidente. Uma mulher forte, de coragem, que arriscava sua vida enquanto os homens a sua volta apenas se importavam em filmar ao invés de ajudar. Parabéns Leiliane! Verdadeira Heroína”, escreveu Angelo France ao divulgar seu desenho no Instagram.
“Foi tudo muito estranho, não fiz nessa intenção [de viralizar]. Fiz a arte sem nenhum propósito, sei lá, queria homenagear a imagem, retratar a imagem que eu vi, tanto na televisão como na internet”, disse o artista em entrevista ao portal G1.
“Ela no meio de um monte de homem, subindo no caminhão, e todos filmando. Eu pensei, é uma heroína, aquela mulher escorada no caminhão, aqueles escombros. Fiz o desenho para homenageá-la. Aí postei no meu Instagram e a página ficou louca, não parava de aparecer comentários”, disse.
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Antes do post, Angelo tinha 1,6 mil seguidores no Instagram e agora está com mais de 16 mil. A imagem chegou a mais de 36 mil curtidas e 776 comentários.
“Quando eu vi a cena dela agarrada no caminhão, acho que a heroína que melhor representaria ali era a Mulher Maravilha, poderia ter colocado qualquer outra heroína ali, mas achei a Mulher Maravilha dentro do contexto ter retratado. Deu força para as pessoas enxergarem o que eu enxerguei”, acrescentou o ilustrador.
“A reação dela foi sair correndo da moto e tentar ajudar. Entra na comoção, tinha pensado na indignação de outros homens com celular na mão e de que poderiam ter ajudado. Espero um dia poder encontrar com ela. Espero que ela tenha visto o desenho e gostado da homenagem”, concluiu.
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