Gustavo Bebianno é o 2º ministro a cair mais rápido desde 2003
Demitido nesta segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, Gustavo Bebianno é o segundo ministro que mais rapidamente caiu após o início de um governo desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Confira o ranking
A expectativa para a queda do ex-ministro Gustavo Bebianno (PSL) teve início a partir da reportagem da Folha de S.Paulo que revelou que o PSL criou uma “candidata laranja” para usar R$ 400 mil da verba pública do fundo partidário.
Bebianno estava no centro dessa crise a acabou “fritado” publicamente por Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro.
Depois de cinco dias, Gustavo Bebianno finalmente foi exonerado da Secretaria-Geral da Presidência da República. O dirigente do PSL passou a integrar um seleto grupo: a sua queda foi a 2ª mais rápida de um ministro de governo desde 2003 no Brasil.
Apenas Romero Jucá (11 dias), então ministro do Planejamento no governo Temer, havia caído em tempo mais curto do que Gustavo Bebianno (48 dias).
A queda de Jucá, na época, se deu no mesmo dia em que o jornal Folha de S.Paulo divulgou uma conversa em que ele sugere um “pacto” para barrar a Lava Jato, ao falar com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (relembre aqui).
Confira o ranking das quedas mais rápidas desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006):
1. Romero Jucá (Planejamento) – 11 dias, governo Michel Temer
2. Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) – 49 dias, governo Bolsonaro
3. Cid Gomes (Educação) – 2 meses e 18 dias, segundo mandato de Dilma
4. Silas Rondeau (Minas e Energia) – 4 meses e 22 dias, segundo mandato de Lula
5. Antônio Palocci (Casa Civil) – 5 meses e 7 dias, primeiro mandato de Dilma
6. Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social) – 1 ano e 21 dias, primeiro mandato de Lula
VÍDEO
Com o objetivo de estancar a crise e evitar alguma retaliação, o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo em que agradece Gustavo Bebianno (PSL) “por sua dedicação e seu esforço durante o período em que esteve no governo”.
Continuo acreditando na sua seriedade e na qualidade do seu trabalho”, disse o presidente sobre o ministro demitido. As imagens foram divulgadas nas redes sociais de Bolsonaro antes mesmo da exoneração de Bebianno da Secretaria-Geral da Presidência.
A avaliação no Palácio do Planalto é que essa estratégia vai pacificar a relação e diminuir a mágoa gerada pela crise política no episódio, que envolveu Bebianno, o presidente e o vereador Carlos Bolsonaro (saiba mais aqui).