Marido espanca a esposa com golpes de fio elétrico em Angra dos Reis
Com um filho de oito meses no colo, mulher é chicoteada pelo marido com golpes de fio elétrico em Angra dos Reis (RJ). O motivo: ela saiu com os pais e demorou a chegar em casa. Justiça autoriza prisão do homem
Um homem usou um fio elétrico para chicotear a própria esposa em Angra dos Reis (RJ). Uelinton de Oliveira teve a prisão temporária autorizada pela Justiça desde a última sexta-feira (8), mas permanece foragido.
Com o agressor em liberdade, a irmã mais nova da vítima resolveu denunciar o caso em um post no Facebook. Até o fechamento deste texto, a publicação já acumula mais de 65 mil compartilhamentos.
A vítima, de 28 anos, foi espancada porque saiu de barco com os pais de Uelinton e demorou a voltar para casa.
“A minha irmã foi para uma ilha aqui na região com os pais dele. O Uelinton deu determinado horário para ela voltar, mas o pai dele fez um frete com o barco e ela acabou chegando tarde. Ele bateu nela porque minha irmã não chegou no horário”, contou a jovem Marcélia Rocha, irmã da vítima.
No momento das agressões, a mulher estava com o filho de apenas oito meses do casal no colo. Essa não foi a primeira vez que ela foi espancada: também apanhou durante a gestação e no pós-parto.
“Ela estava com o filho no colo. Ele tirou o bebê do colo dela, colocou na cama e jogou ela ao lado do bebê, a agredindo diversas vezes com os fios”, disse Marcélia. “Ele a ameaçava constantemente, que a iria matar, a mim e a minha mãe caso denunciássemos”.
A polícia informou que o caso aconteceu no dia 2 de fevereiro, mas não foi tornado público. Após ser agredida com golpes de fio elétrico, a vítima ficou com as costas toda marcada e procurou a Delegacia de Atendimento à Mulher de Angra dos Reis.
Com a repercussão da postagem de Marcélia, há mais chances de o agressor se entregar ou de ser identificado e capturado.
Dez anos
Marcélia afirma que o casal faria 10 anos juntos em abril. “Por oito anos ela [minha irmã] não fez contato com a família, se manteve longe da família, em cárcere privado praticamente, porque ela não falava com ninguém, não podia ter contato com ninguém. Ele batia nela como forma de punição”.
“A gente não sabia onde ela estava, como estava e até se estava viva. Ele obrigava ela a usar roupas compridas para esconder os hematomas, e por ciúme também”, revelou.
A jovem disse que a irmã retomou contato com a família há cerca de um ano. “Há um ano, ele [Uelinton] veio pedir desculpas para minha mãe, dizendo que estava arrependido, que tinha mudado, entrado para a igreja, que ia deixar a gente ver minha irmã. Começamos a frequentar a casa deles, mas até então não havia nenhum sinal de violência contra minha irmã, só o jeito grosso, arrogante, que ele sempre foi com a minha irmã”, explica.
No final da publicação, Marcélia informa como as pessoas podem ajudar a encontrar Uelinton:
O mandado de prisão está na rua, e a ligação é ANÔNIMA. Por favor, se virem esse COVARDE não deixem ele à solta. Liguem para polícia (190) ou para a delegacia da mulher. (24) 33773315 — (21) 980778452 (Whatsapp) Agradeço desde já.
Também é possível ligar para o Disque Denúncia de Angra dos Reis, no seguinte número: 0300 253 1177.