Principal suspeito de matar a namorada, médico falta audiência para participar de torneio de pôquer e divulga justificativa falsa
Principal suspeito pela morte da fisiculturista Renata Muggiati, o médico Raphael Suss Marques, namorado da vítima, não compareceu a uma audiência do processo em Curitiba (PR).
O médico está em liberdade desde agosto de 2017 com monitoramento de uma tornozeleira eletrônica.
Raphael desobedeceu a proibição imposta pela Justiça de frequentar bares e similares e foi flagrado em um torneio de pôquer, em Curitiba, no mesmo dia em que apresentou uma falsa justificativa para faltar a uma audiência.
Por esta razão, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu a prisão preventiva de Raphael nesta quinta-feira (7). O pedido de revogação do benefício de liberdade foi feito à Justiça pelo promotor Marcelo Balzer Correa.
Denúncias levaram o MP a casa de jogos em que Raphael estaria participando do torneio de pôquer, que foi amplamente divulgado nas redes sociais.
“Com tais atitudes demonstra o réu não ser digno da benesse já concedida por duas vezes, veja-se que na primeira vez em que foi colocado em liberdade agrediu uma mulher, ofendendo-lhe a integridade física, agora, desfere um tapa na cara da justiça, desmoralizando-a perante a sociedade”, disse o promotor.
O Ministério Público teve acesso ao sistema de comandas utilizadas por Raphael. De acordo com as investigações, o médico chegou ao local às 15h40 e foi embora cinco horas depois. No ranking da competição de pôquer, ele aparece em quinto lugar.
Relembre o caso
A fisiculturista Renata Muggiati foi assassinada em setembro de 2015. Ela estava no 31º andar de um prédio, no Centro de Curitiba, onde Marques morava.
O médico teria asfixiado a namorada e depois jogado o corpo dela pela janela. Ele responde por lesão corporal, fraude processual e homicídio qualificado.
No Boletim de Ocorrência (B.O), à época da morte, o médico falou que Renata se jogou e que ela estava em depressão. Desde então, a defesa dele vem sustentando que a fisiculturista se matou.
Histórico de agressões
Depois da morte de Renata, o médico Raphael Marques chegou a ser condenado em outro processo por agredir uma ex-namorada em Curitiba. A pena aplicada foi de quatro meses e cinco dias de prisão, mas a defesa recorreu da decisão.
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