Morte de jovem em supermercado diante das câmeras e da própria mãe é uma das imagens mais chocantes já registradas neste ano. Segurança vai responder em liberdade pelo assassinato
Uma das cenas mais chocantes de 2019 foi registrada nesta quinta-feira (14) em unidade do supermercado Extra na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Diante de dezenas de testemunhas, o segurança Davi Ricardo Moreira Amâncio, de 32 anos, estrangulou um jovem de 19 anos até a morte.
O segurança prestou depoimento na Delegacia de Homicídios (DH) e foi liberado após pagamento de fiança. A defesa dele não informou o valor pago. Davi foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A ação aconteceu no início da tarde. De acordo com o Corpo de Bombeiros, Pedro Gonzaga chegou a ser levado com uma parada cardiorrespiratória para o Coordenação de Emergência Regional (CER) da Barra, mas morreu na unidade.
André França, advogado do segurança conta que, de acordo com a versão de Davi, o jovem parecia “alterado”, simulou uma convulsão e, depois, um desmaio.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o segurança dá a “gravata” em Pedro.
Na cena, em que o jovem está visivelmente desacordado, algumas testemunhas chegaram a afirmar e alertar os seguranças: “está sufocando ele”, disse uma delas. “Ele está roxo”, falou outra. Mesmo assim, Davi continua estrangulando o jovem.
Outro vigilante chega a tentar impedir a gravação do vídeo. No registro, uma mulher pede para que ele seja solto: “não está armado”. Há outros seguranças no local. Em outro vídeo também é possível ver bombeiros socorrendo o jovem.
Seguranças afastados
Por meio de nota, o supermercado Extra afirmou que a ação do segurança foi uma reação a uma “tentativa de furto a arma de um deles”.
“A rede esclarece que repudia veemente qualquer ato de violência em suas lojas. Sobre o fato em questão, a empresa já abriu uma investigação interna e constatou de forma inicial que se tratou de uma reação a tentativa de furto a arma de um dos seguranças da unidade da Barra da Tijuca”, diz um trecho do comunicado, que prossegue:
“Após o indivíduo ser contido pelos seguranças, a loja acionou a polícia e o socorro imediatamente. A empresa já abriu um boletim de ocorrência e está contribuindo com as autoridades para o aprofundamento das investigações”, finalizou a empresa.
O supermercado informou ainda que os seguranças presentes na ação foram afastados da empresa.
Problemas de saúde
A mãe de Pedro assistiu ao assassinato do filho. Ela ainda irá prestar depoimento na delegacia. O padrasto do jovem afirma que ele tinha problemas mentais e era usuário de drogas. O padrasto afirmou que o enteado seria internado em uma clínica de reabilitação em Petrópolis, na Região Serrana.
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