Trabalhador é baleado no telhado de casa enquanto instalava ar-condicionado
“Não teve nenhum contato verbal antes do tiro. Só houve contato verbal após o tiro". Técnico uniformizado é baleado enquanto estava no telhado de uma casa instalando ar-condicionado. Disparo foi realizado pelo vizinho
Um trabalhador que estava em cima de um telhado de uma casa fazendo a instalação de um ar-condicionado acabou sendo atingido por um disparo de arma de fogo na última quarta-feira (6).
O técnico em refrigeração Mateus Batista Rodrigues, de 22 anos, foi baleado no peito e precisa ser operado. O crime aconteceu na cidade de Novo Jardim, em Goiás. Segundo familiares, a bala perfurou o pulmão e está alojada nas costas dele.
O autor do disparo é o vizinho do imóvel, Rodrigo Fernandes. Ele trabalha como guarda civil municipal na cidade de Senador Canedo.
De acordo com a empresária Poliana Viana, chefe de Mateus, o rapaz estava uniformizado. Ela disse que o guarda só não efetuou um novo disparo porque a dona da residência interveio.
“Não teve nenhum contato verbal antes do tiro. Só houve contato verbal após o tiro. Depois do tiro, a senhora que tinha contratado o serviço entrou no meio e pediu para o guarda não dar o segundo tiro, foi quando o guarda mandou Mateus descer do telhado”, afirma.
Mateus foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). A unidade de saúde informou que o quadro dele é considerado estável, consciente e respirando de forma espontânea.
Cleides Rosa Araújo, sogra de Mateus, afirmou que ele até tentou se render para explicar que não era um criminoso, mas não adiantou. “Ele falou que chegou a levantar os braços para cima, mas o cara assim mesmo atirou nele. Ele estava de uniforme e no horário de serviço”, revelou.
O caso repercutiu nas redes sociais e alguns internautas afirmaram que o atirador apenas “seguiu à risca as orientações do governo Bolsonaro”, que recentemente assinou um decreto que facilita a posse de arma de fogo.
Em tom de ironia, outros alegaram que o tiro do guarda foi dado por “medo” ou “violenta emoção” — uma referência a uma das leis do projeto anticrime de Sergio Moro.