Policial que escoltou Lula é antipetista fã declarado do "mito"
A Polícia Federal justificou que o aparato de segurança de guerra para conduzir Lula ao velório de Arthur era para proteger a integridade física do ex-presidente. O que eles não disseram, no entanto, é que o inimigo (e o perigo) estava ao lado
Danilo Campetti é o nome do agente da Polícia Federal que aparece em imagens escoltando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o velório do menino Arthur neste sábado (2).
No Facebook, o homem externou apoio a Jair Bolsonaro (PSL) durante as eleições de 2018. O atual presidente é, hoje, o principal adversário político de Lula.
Quando Bolsonaro sagrou-se vitorioso, Campetti incorporou na imagem do seu perfil o avatar que continha a seguinte frase: “Tchau, PT. Agora é com o MITO”.
Em outros registros, Danilo aparece ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) e do general Augusto Heleno, atual ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Em diversas postagens nas redes sociais, Danilo reitera o apoio à frase “bandido bom é bandido morto”. Para o agente da Polícia Federal, Lula é, incontestavelmente, um bandido. Logo, fica a pergunta: a tese defendida pelo policial aplica-se ao ex-presidente petista?
Mais: alguém com o perfil de Danilo Campetti, que demonstra confundir suas paixões políticas com a profissão que exerce, deve ser designado para resguardar a vida de alguém sob custódia do Estado?
A Polícia Federal justificou que o aparato de segurança de guerra para conduzir Lula ao velório de Arthur era para proteger a integridade física do ex-presidente. O que eles não disseram, no entanto, é que o inimigo (e o perigo) estava ao lado.
Perfil de Danilo Campetti no Facebook
Danilo Campetti escolta Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
Danilo apoia Bolsonaro
Danilo Campetti fazendo a proteção de Bolsonaro
Danilo Campetti estava ao lado de Bolsonaro quando ele foi transferido para SP, após a facada
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Danilo Campetti ao lado de Bolsonaro e Heleno (reprodução/redes sociais)
Danilo Campetti crava: “Bandido bom é bandido morto”