Desemprego sobe para 13,1 milhões e população subutilizada bate recorde no Brasil, mostra nova pesquisa do IBGE. Número de pessoas desalentadas também é o maior da série histórica
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,4% nos três meses até fevereiro, informou nesta sexta-feira (29) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos três meses até novembro de 2018 a taxa era de 11,6%.
Segundo os dados, o contingente de pessoas desempregadas é de 13,1 milhões, um crescimento de 7,3% (892 mil pessoas na população desocupada), em relação ao trimestre anterior, de setembro a novembro, quando havia 12,2 milhões de desempregados.
A última vez que o número de desempregados ficou na casa dos 13 milhões foi nos três meses encerrados em maio de 2018.
Já a população subutilizada é recorde (a série histórica começou em 2012). São 27,9 milhões de pessoas consideradas “desocupadas” – trabalham menos de 40 horas semanais, estão disponíveis no mercado ou não conseguem procurar emprego.
O grupo de trabalhadores subutilizados reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e os que estão disponíveis para trabalhar, mas não conseguem procurar emprego por motivos diversos.
O número de pessoas desalentadas, que chegou a 4,9 milhões, também é recorde da série, assim como percentual de desalentados, de 4,4%.
Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, foram mais 275 mil pessoas nessa condição. “Dado que o desemprego chegou neste nível tão alto, isso alimenta o desalento também. Essas pessoas não se veem em condições de procurar trabalho”, diz Cimar.
Evolução da taxa de desemprego (2003 a 2013)
Evolução da taxa de desemprego (2014 a 2018)
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