Jovem chamado por Anitta de "ladrãozinho" era inocente e cantora é acusada de racismo. Jornalista conta que primeiras acusações contra o rapaz partiram de foliões
No último sábado (9), a cantora Anitta interrompeu seu show durante seu bloco pós-carnaval no Rio de Janeiro para alertar policiais militares sobre um jovem que estaria tentando furtar um celular em meio ao público presente na festa.
Do alto do seu trio elétrico, a cantora teria visto a ação do suspeito no chão e decidiu interromper sua apresentação. “Alô, polícia. Tem um ladrãozinho aqui no meio”, alertou a artista. “O último que veio aqui para roubar se lascou. Nasci pobre, estou aqui ralando. Ninguém precisa tirar nada de ninguém!”.
“Eu também não tinha condições de ter minhas coisas e nem por isso ia pegando as de ninguém […] infelizmente se a gente não teve as mesmas oportunidades. A gente tem que ralar mais? Tem! Mas isso não quer dizer que a gente tem que pegar o que é dos outros”, completou a cantora.
O jovem foi preso no local e encaminhado para a delegacia, onde ficou constatado que o rapaz não havia cometido crime algum e que ele não estava sob posse de nenhum objeto furtado. Os policiais perceberam o equívoco e liberaram o garoto.
Enquanto isso, outras confusões foram registradas no bloco de Anitta. A polícia usou spray de pimenta no meio dos foliões e a cantora comentou: “Perco o tesão quando tem um bafo grande! Eu quero bloco de paz até o final.”
Durante o bloco, um grupo foi preso em flagrante furtando celulares e outros objetos. Ao todo, foram encontrados dez celulares das marcas Motorola, iPhone e Samsung.
Racismo
Após a repercussão negativa do caso, Anitta foi acusada de associar um homem negro com atos criminosos, sem ter provas substanciais.
A jornalista Lola Ferreira contou uma versão diferente sobre a polêmica e disse que o rapaz estava sendo acusado por foliões do bloco antes de ser apontado como culpado por Anitta.
Segundo Lola, o jovem havia sido detido por seguranças e a cantora solicitou a chegada ad PM. O relato da jornalista foi compartilhado no Instagram pela página ‘Feminiismo’, que tem mais de 400 mil seguidores:
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