Tragédia

Senador usa massacre em Suzano para fazer campanha pró-armamento

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Senador Major Olímpio (PSL) atropela o sofrimento de familiares e a barbárie do massacre em Suzano para fazer campanha pró-armamento: “tragédia seria evitada se professores e funcionários estivessem armados”

Senador Major Olímpio (reprodução)

O senador Major Olímpio (PSL-SP) decidiu fazer propaganda pró-armamento se manifestar sobre o massacre em Suzano (SP).

Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o parlamentar aliado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que “se os professores estivessem armados, se os serventes estivessem armados, essa tragédia teria sido evitada”.

Os dois jovens entraram na escola atirando e se mataram na sequência. A Polícia chegou oito minutos depois de ser chamada.

“Um professor poderia ter detido esse massacre. Mas esses garotos foram lá e conseguiram as armas. Eram adolescentes e, por isso, defendo a redução da maioridade. Aqui no Brasil, esses jovens são como o 007 e têm licença para matar”, acrescentou Major Olímpio.

Luiz Henrique de Castro tinha 25 anos e Guilherme Monteiro faria 18 anos em breve. Eles são os responsáveis pelo massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil.

Dentro da escola, a polícia encontrou um revólver .38, uma besta (um artefato semelhante a um arco e flecha) e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Há ainda uma mala com fios, e o esquadrão antibombas foi chamado. Uma testemunha disse que viu um dos atiradores com uma arma de fogo e o outro, com uma faca.

Uma testemunha afirmou que Guilherme Monteiro, o atirador de 17 anos, era aluno da escola. Em depoimento, o jovem informou que Guilherme estudava na sua sala de aula e há três dias avisou a colegas para “ficarem espertos”. A mesma testemunha disse que o atirador não sofria bullying e se identificava nas redes sociais como “Guilherme Alan”. O Facebook desativou a conta do jovem após o massacre.

MASSACRE EM SUZANO:
Silêncio de Bolsonaro é perturbador
Autores do massacre publicaram fotos nas redes

Morreram, vítimas do ataque, cinco alunos do ensino médio: Pablo Henrique Rodrigues, Cleiton Antônio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquíades Silva de Oliveira e João Vitor Ramos Lemos.

Jorge Antônio de Moraes, comerciante que trabalhava perto do local e era tio de um dos atiradores, chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu. Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier, funcionárias do colégio, também estão entre as vítimas.

Fala do senador repercutiu:

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