Marco Antonio Villa chama de "desastrosa" a viagem de Bolsonaro aos EUA
Uma das vozes mais agressivas da direita brasileira, Marco Antonio Villa classifica como "desastrosa" a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos EUA
Comentarista da Rádio Jovem Pan, Marco Antonio Villa criticou a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) aos Estados Unidos. Villa rechaçou a postura entreguista do mandatário brasileiro.
“Esta viagem está sendo desastrosa. É um absurdo o que está sendo feito. Você se alia aos EUA e não vai receber nada. O que vamos é receber é material militar de oitava categoria, o que não nos interessa”, disse Villa, que é uma das vozes mais agressivas da direita brasileira na imprensa.
Segundo Villa, a política de Bolsonaro coloca em risco a recuperação econômica e a segurança nacional. “É necessário acabar com essa subserviência”, acrescentou o comentarista.
Villa ainda criticou o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, por ter xingado os imigrantes brasileiros que vivem nos Estados Unidos. “Eduardo Bolsonaro. Você que é uma vergonha para o Brasil. Você que põe o boné do Trump. Você é uma vergonha e não o brasileiro que vai lá trabalhar”.
Bolsonaro frustra negociadores
Esperada como o grande avanço na relação Brasil-Estados Unidos, a viagem presidencial deixou um gosto de frustração para os negociadores brasileiros, que saíram de Washington com poucos avanços nas áreas comercial e agrícola.
“Se é para avançar desse jeito, melhor até que fique como está’, disse à agência Reuters uma fonte envolvida diretamente na tentativa de abrir o mercado americano para novos produtos agrícolas brasileiros.
O Brasil leva para casa o acordo de salvaguardas para uso da base de Alcântara pelos Estados Unidos e outros na área de segurança pública e inteligência, mas não conseguiu nada além de promessas vagas nas áreas que interessavam – uma solução para a questão da exportação de carne in natura e um apoio sem condições à entrada do país na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), por exemplo.
“Quem está preocupado com uma parceria estratégica somos nós, não eles. Eles estão preocupados com o varejo”, reclamou um dos negociadores brasileiros.