Nana Caymmi defende Jair Bolsonaro e xinga Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil: "Tudo chupador de p* do Lula". Cantora ainda citou filho acidentado, criticou familiares e disse não querer netas em "show de pagode"
Em entrevista publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (28), a cantora Nana Caymmi falou sobre família, música e política.
A consagrada voz da MPB, que completa 78 anos nesta sexta-feira (29), defendeu o presidente Jair Bolsonaro e atacou Chico Buarque, Gilberto Gil e Caetano Veloso. Por conta do teor das declarações, o nome de Nana ficou no topo dos assuntos mais comentados no Twitter.
Eleitora de Bolsonaro, a artista defendeu o presidente, criticou os colegas da MPB e disse que não deve voltar à Bahia para fazer shows por questões políticas.
“É injusto não dar a esse homem um crédito de confiança. Um homem que estava fodido, esfaqueado, correndo pra fazer um ministério, sem noção da mutreta toda… Só de tirar PMDB e PT já é uma garantia de que a vida vai melhorar. Agora vêm dizer que os militares vão tomar conta? Isso é conversa de comunista. Gil, Caetano, Chico Buarque. Tudo chupador de pau de Lula. Então, vão pro Paraná fazer companhia a ele. Eu não me importo”, disse.
A cantora também criticou a nova geração da família que não tem interesse em seguir seus passos. “Liguei pra Denise, minha filha, e perguntei das meninas. ‘Ah, elas não tão aqui, foram assistir ao show do Belo’. Eu falei: ‘O quê?’. Não tenho nada contra a pessoa. Mas duas bisnetas de Dorival Caymmi! Eu já fazia música com quatro anos. Meti bedelho quando vivi com João Donato, com Gil, com Claudio Nucci. Quer dizer, eu comia a canção popular brasileira e fazia parceria. Na música e na cama”, afirmou.
Atualmente, Nana mora no Alto Leblon com o filho, João Gilberto, 51 anos, que após um acidente de moto ficou com sequelas neurológicas. Ela planeja vender o imóvel e morar no apartamento que foi dos pais, em Copacabana, ou no sítio da família em Pequeri, Minas Gerais.
“Vou vender e torrar o dinheiro. Até eu morrer torro essa porra toda. Minhas filhas que se fodam. Eu não aturei elas? Não estou há 30 anos com esse acidentado? Ele vai ter Pequeri. É onde eu quero que ele fique. É a única maneira de ele ter vida saudável”, disse sobre os planos para o filho.
Antônio Carlos Magalhães
Nana Caymmi sugeriu que não pretende voltar à Bahia porque é um estado onde o PT tem hegemonia política — há 12 anos o partido está no governo. “Bahia não tem nada, é PT. Meu pai [Dorival] ficou muito triste na última vez em que foi lá. E isso porque ainda era a época do capo, Antonio Carlos Magalhães [1927-2007]”, revela a cantora, ao afirmar que toda a família era próxima de ACM.
Antônio Carlos Magalhães (ACM) governou a Bahia por três vezes — duas delas nomeado pelo Regime Militar Brasileiro. Ele também foi Senador da República e presidiu a casa durante parte do governo FHC.
Entre 30 de maio de 2001 e 1º de janeiro de 2003, Antônio Carlos Magalhães viveu um dos períodos mais incomuns de sua trajetória política: esteve longe dos cargos políticos. ACM foi responsável por protagonizar o escândalo do painel do Senado, e renunciou ao mandato para não ser cassado (relembre aqui).
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