"Daqui a 4 meses estaremos vendendo o pré-sal", diz Paulo Guedes nos EUA
Governo Bolsonaro liquida o Brasil: “As portas estão abertas, podem entrar e comprar”, anuncia Paulo Guedes, que cita o pré-sal como a próxima riqueza brasileira a ser vendida
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também aproveitou a viagem a Washington, junto a comitiva de Jair Bolsonaro, para conversar com empresários norte-americano e pedir a entrada de investimentos no Brasil.
O discurso de Guedes no evento “Brazil Day”, organizado pelo conselho empresarial Brasil e Estados Unidos, na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, foi apresentado como se todas as estruturas nacionais estivessem a venda.
“Vocês podem ir lá ajudar a financiar nossas rodovias, ir atrás de concessões de petróleo e gás. Daqui a três, quatro meses, vamos vender o pré-sal. Todos vão estar lá: chineses, americanos, noruegueses”, disse, ainda mostrando que os norte-americanos teriam com quem competir para comprar alguma concessão ou licitação brasileira.
A fala do ministro da Economia foi feita na noite desta segunda-feira (18). No evento, Guedes disse que o Brasil abrirá seu mercado completamente para os investimentos estrangeiros e convidou os estadunidenses a investirem nos projetos do país.
No apelo, o ministro disse que o Brasil carece de infraestrutura e quer ampliar negócios com parceiros tradicionais. Sem negar a importância dos interesses dos chineses no Brasil, Guedes indicou uma certa inclinação de preferência para que os EUA fique com os investimentos no Brasil.
“Com problemas seríssimos em infraestrutura, os chinenes querendo entrar, temos minerais, terra arável, então, claro, eles querendo entrar e nós olhando para os nossos parceiros”, disse.
Aos empresários, Guedes também disse que está trabalhando para ajustar os índices econômicos, como tava de câmbio, inflação e endividamento público. E não deixou de mencionar a reforma da Previdência: “Já estamos quebrando antes do envelhecimento da população, temos que fazer com sabedoria no sentido de quem ganha mais paga mais, reconhecendo que a Previdência tem um princípio de não deixar ninguém para trás, mas não pode ser uma fábrica de privilégios”, disse, sobre o tema.
Além disso, na linha dos investidores internacionais, o ministro de Bolsonaro defendeu a privatização das empresas estatais nacionais e de ativos públicos: “Não só as empresas estatais não estão funcionando com eficiência, mas prejudicando o crescimento de investimento privados. os investimentos públicos em colapso, por causa de seu próprio peso no orçamento”, criticou.
E em meio à diversas acusações e suspeitas dentro do governo de Jair Bolsonaro e as crises internas vivenciadas, Guedes silenciou tais casos e saiu em defesa da legitimidade da gestão: “Em vez da política de varejo, comprando apoio político, usando estatais, agora não, presidente eleito faz uma aliança entre conservadores e liberais. É uma aliança com princípios e valores, não é sobre dinheiro”, concluiu.