Roger Moreira e Adriana Varejão (reprodução)
Cantor Roger Moreira é condenado a indenizar artista plástica em R$ 40 mil após chamá-la de "puta" e desenhar um pênis em uma imagem dela
A Justiça condenou o cantor Roger Moreira a pagar uma indenização de R$ 40 mil para a artista plástica Adriana Varejão. A sentença aconteceu na última segunda-feira (2) de carnaval.
O vocalista da banda Ultrage a Rigor agrediu Adriana depois que ela defendeu a permanência da exposição “Queermuseu”, em Porto Alegre.
Roger Moreira usou uma foto da artista como base e desenhou um pênis em direção à boca dela. Na camiseta de Adriana, o cantor escreveu “puta”.
Na legenda, o cantor ironizou a fala dela: “a arte deve ter liberdade total”. “Gostou dessa, Adriana?”, escreveu o músico.
Adriana processou Roger pelas postagens misóginas e a 22ª Vara Cível do Rio decidiu que, além de pagar os R$ 40 mil à artista, o músico terá de se retratar nas redes sociais.
A mostra “Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” estava em cartaz em 2017, em Santander Cultural, em Porto Alegre, e foi cancelada após protestos em redes sociais.
A seleção contava com 270 obras que tratavam de questões de gênero e diferença, e o trabalho de Adriana estava entre eles.
“Ultraje”
No último mês, o cantor Roger vociferou nas redes sociais após o fracasso de bilheteria do documentário “Ultraje, o Filme”, que conta a história da banda Ultraje a Rigor.
Dados do ‘Filme B’, site que faz levantamentos sobre o mercado audiovisual, revelaram que o documentário havia sido assistido por apenas 101 pessoas em todo o Brasil nos dois primeiros dias de exibição.
“O filme é sobre minha brilhante carreira nos anos 80 e 90 e é mentira que tenha sido visto apenas por 101 pessoas”, reclamou o músico.
Segundo as últimas informações, o filme foi exibido em 20 salas e gerou uma receita de menos de R$ 5 mil. Menos de 600 pessoas assistiram ao documentário, que já teve as exibições encerradas.
Atualmente, Roger Moreira é membro da banda do programa “The Noite”, do humorista Danilo Gentili. Ambos são considerados representantes da chamada nova direita brasileira.
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