Terreiro de candomblé é depredado no Rio de Janeiro e proprietários são expulsos. Criminosos picharam "Jesus é o dono do lugar" no muro do local. "Esse é o retrato do Brasil intolerante e racista com as religiões de matrizes africanas", desabafou um internauta
Religiosos de um terreiro de candomblé, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foram expulsos após a invasão de homens que depredaram o local.
O centro religioso teria sido invadido por traficantes da região com objetivo de transformar o imóvel em um quartel general do crime.
Há cerca de dois anos, terreiros no município de Nova Iguaçu foram alvo de uma série de ataques. Diversos locais foram fechados após episódios seguidos de violência. À época, cerca de sete centros religiosos de matrizes africanas sofreram depredações, alguns foram incendiados. Além de quebrarem imagens sagradas dentro dos locais, os criminosos ainda levavam objetos como geladeira e freezer.
No fim de agosto de 2017, uma senhora chegou a ser apedrejada por ser praticante do candomblé.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado como violação de domicílio, constrangimento ilegal, dano, furto, além do artigo 20 da Lei Caó (7716), referente ao crime de racismo. A especializada conduz uma investigação para apurar as circunstâncias do crime. As investigações estão em andamento.
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