Redação Pragmatismo
Lula 02/Abr/2019 às 18:36 COMENTÁRIOS
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Bactéria Staphylococcus Aureus matou neto de Lula

Publicado em 02 Abr, 2019 às 18h36

Verdadeiro diagnóstico da morte de Arthur é divulgado. Hospital Bartira havia dito erroneamente que causa do falecimento do neto de Lula era meningite meningocócica, o que levou a uma corrida aos postos de vacinação e a disseminações de fake news contra o ex-presidente

Lula e Arthur
Lula e Arthur

A verdadeira causa da morte do menino Arthur Lula da Silva, de 7 anos, foi divulgada mais de um mês depois do seu falecimento. A criança morreu por conta de uma infecção generalizada originada pela bactéria Staphylococcus aureus. Quatro infectologistas que tiveram conhecimento do caso confirmaram a informação, segundo a Folha de S.Paulo.

O neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva morreu no dia 1º de março no Hospital Bartira, da rede D’Or. Na época, os médicos responsáveis pelo atendimento do garoto informaram que a causa da morte era meningite meningocócica.

Em nota que pode ser lida aqui, a Prefeitura de Santo André também confirmou que Arthur não morreu de meningite meningogócica. Até agora, o Hospital Bartira não se pronunciou sobre o diagnóstico falho.

A Prefeitura de Santo André informou que, logo após a morte de Arthur, a Secretaria de Saúde local encaminhou amostras coletadas no hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Os exames descartaram “meningite, meningite meningocócica e meningococcemia”.

“Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde”, diz a nota da prefeitura.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) disse que espera que o hospital “esclareça quais procedimentos de apuração já realizou para o vazamento de diagnóstico que se revelou antiético para com a família e irresponsável com a saúde pública da região”.

Padilha disse que a família de Arthur ainda está sofrendo muito e não quer falar sobre o assunto. O deputado afirmou ainda que só se manifestou para que Secretaria de Saúde de Santo André informasse a população de que não havia um caso de meningite bacteriana circulando na cidade e que para que o hospital explique sobre o diagnóstico errado e o vazamento da informação.

A informação de que a morte de Arthur foi por meningite meningocócica levou a uma corrida aos postos de vacinação e a críticas ao SUS que não dispõe de todas as vacinas que imunizam contra o agente causador da meningite.

Na época, até o ex-presidente Lula foi alvo de uma fake news que informava que ele havia sido o responsável por impedir que as vacinas fossem fornecidas pelo Sistema Único de Saúde. A morte de Arthur também provocou uma onda de ódio nas redes sociais. Relembre:

A blogueira que celebrou a morte de uma criança de 7 anos

Bactéria Staphylococcus Aureus

Não há vacina que previna a infecção pela bactéria Staphylococcus Aureus, mas é possível possível prevenir a contaminação com simples cuidados básicos de higiene. A bactéria pode viajar pela corrente sanguínea e infectar praticamente qualquer local do corpo. A consequência mais grave é a infecção generalizada — exatamente o que aconteceu com Arthur.

A bactéria é transmitida pelo contato direto com uma pessoa infectada. O diagnóstico é baseado na aparência da pele ou identificação da bactéria em uma amostra do material infectado A lavagem bem feita das mãos pode ajudar a prevenir a propagação da infecção. Os antibióticos são escolhidos com base na probabilidade de serem eficazes contra a cepa que causa a infecção.

Alguns fatores aumentam o risco de contrair a infecção por Staphylococcus Aureus: gripe, enfisema pulmonar, leucemia, tumores, queimaduras, cirurgia, diabetes e quimioterapia. Saiba mais sobre a bactéria aqui.

Irresponsabilidade

A notícia da morte de Arthur foi publicada pelo blogueiro Ancelmo Gois, do jornal O Globo, nove minutos após o falecimento da criança. O fato traz duas constatações: a ânsia do blogueiro para divulgar a morte de uma criança de 7 anos a qualquer custo e o vazamento de informação de dentro do hospital, já que o blogueiro soube do falecimento da criança antes mesmo do que os familiares.

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