Após xingar o Hamas no Twitter, senador Flávio Bolsonaro (PSL) recua e apaga publicação. Filho do presidente não quis se justificar sobre as razões de ter se acovardado
O senador Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente Jair Bolsonaro, disse nas redes sociais que o Movimento de Resistência Islâmica Hamas deveria explodir.
“Quero que vocês se EXPLODAM!!!”, esbravejou o senador no Twitter ao compartilhar uma reportagem do site da revista Exame sobre um pedido do Hamas para que o governo brasileiro se retrate.
A declaração de Flávio foi dada um dia após o grupo palestino ter criticado a viagem de Jair Bolsonaro (PSL) a Israel. Pouco tempo depois, porém, a postagem foi apagada da conta do senador. Ele não deu nenhuma justificativa para o que ocorreu.
O Hamas controla a faixa de Gaza e mantém uma relação de enfrentamentos com Israel. No fim de março, o governo israelense bombardeou posições do grupo palestino.
Nesta segunda-feira (1), o Hamas divulgou uma nota na qual condenou a viagem de Bolsonaro e afirmou que a aproximação do presidente brasileiro com o governo israelense “não apenas contradiz a atitude histórica do povo brasileiro, que apoia a luta pela liberdade do povo palestino contra a ocupação, mas também viola as leis e normas internacionais”.
“O Hamas conclama o Brasil a reverter imediatamente essa política que é contra o direito internacional e as posições de apoio do povo brasileiro e dos povos da América Latina”, disse nota divulgada pelo movimento.
“O Hamas chama a Liga Árabe, a Organização da Cooperação Islâmica e todas as organizações internacionais para pressionar o governo brasileiro a derrubar esses movimentos que apoiam a ocupação israelense e fornecem cobertura para seus abomináveis crimes e violações contra o povo palestino”, concluiu.
A propósito: Hamas pede reação após visita de Bolsonaro a Jerusalém
A crítica foi feita após o presidente Bolsonaro ter feito uma visita ao lado do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, ao Muro das Lamentações. O local, sagrado para os judeus, fica na parte oriental de Jerusalém, região que também é reivindicada pelos palestinos.
Por isso, líderes mundiais evitam ir ao local ao lado do primeiro-ministro israelense e preferem classificar a visita como uma ação de caráter privado e não como uma visita de Estado.
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