Redação Pragmatismo
Ditadura Militar 01/Abr/2019 às 13:19 COMENTÁRIOS
Ditadura Militar

Grupo pró-ditadura toma revés de antifascistas na avenida Paulista

Publicado em 01 Abr, 2019 às 13h19

Grupo a favor da ditadura militar vai celebrar o golpe de 64 com arma de choque e spray de pimenta na avenida Paulista, toma revés de antifascistas e reclama: "esquerdistas tentaram nos matar". Um dos homens é assessor de deputada do PSL

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Simpatizantes da ditadura militar foram comemorar os 55 anos do golpe de 1964 na avenida Paulista neste domingo (30) e acabaram entrando em confronto com grupos antifascistas.

O ativista Leandro Mohallem, assessor da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), foi um dos envolvidos nas agressões. Ele denunciou ter sido alvo de pauladas e chutes de militantes “antifas”.

“Uma moça foi fazer um bolo para celebrar a data. E aí eu fui lá para comer o bolo, também, e ver uns amigos que eu tenho lá. O bolo era verde e amarelo, cores que eles odeiam”, disse Mohallem.

O assessor relata ter visto um grupo de opositores e sacado o celular do bolso para filmar um eventual ataque, momento em que as agressões teriam começado.

“Primeiro jogaram um cone. Aí veio um tentando me agredir com um pedaço de pau, e nisso eu caí no chão. Aí veio de tudo: veio chute, veio paulada”, narrou.

A deputada publicou, em sua conta no Twitter, duas fotos do assessor: uma com a camiseta ensanguentada e uma segunda 45 minutos depois, já no hopsital, com a cabeça enfaixada.

No entanto, o que Leandro Mohallem e Carla Zambelli não disseram é que integrantes do grupo pró-ditadura estavam armados e iniciaram as agressões, como mostrou reportagem da Ponte.

O vigilante Alexandre José, manifestante pró-ditadura, foi flagrado agredindo manifestantes pró-democracia a pauladas. Ele não foi preso.

Isabella Trevisani, de 22 anos, portava uma arma de choque e spray de pimenta. Ela provocava as manifestantes contrárias ao golpe com gritos de “putas feministas”.

Depois dos confrontos, a mesma Isabella foi às redes sociais reclamar: “Esquerdistas ligados ao PT, PSOL e PCdoB tentaram nos matar”. Na mesma mão em que segurava uma arma de choque, Isabella usava uma pulseira com o símbolo da paz.

(as imagens são de Daniel Arroyo, da Ponte Jornalismo)

A militante pró-ditadura Isabella Trevisani

(as imagens são de Daniel Arroyo, da Ponte Jornalismo)

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