Bolsonaro aborda o assunto das amputações de pênis depois de criticar, junto com o ministro da Educação, a carga ideológica do ensino ministrado por escolas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
O presidente Jair Bolsonaro manifestou nesta quinta-feira (25/04/2019) preocupação com casos de homens que têm pênis amputados por falta de higiene íntima.
A declaração foi dada após uma visita ao Ministério da Educação, que, segundo Bolsonaro, será repetida semanalmente para “aprofundar laços de amizade e depois trocar informações”.
Na saída, ele concedeu entrevista ao lado do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Ambos teceram críticas às escolas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Segundo Bolsonaro, elas estariam submetendo os estudantes a “forte doutrinação ideológica”.
Weintraub defendeu o corte de verbas públicas às escolas do MST e Bolsonaro questionou a qualidade do ensino ideológico ministrado pelo movimento. Depois da fala do chefe do MEC, o presidente pediu o microfone para “complementar” Weintraub com lembranças de ensinamentos de escolas militares.
O alerta sobre a saúde masculina veio na sequência.
“Uma coisa muito importante, para complementar aqui o ministro. Dia a dia, a gente vai ficando velho e vai aprendendo as coisas, né? Eu tomei conhecimento uma vez que certos homens, ao ir para o banheiro, eles só ocupavam o banheiro para fazer o número 1 (urinar) no reservado. O que é que acontece com esse cara? Eu sabia e aos poucos vou tomando conhecimento, e estive conversando com profissionais da saúde, no meio militar a gente ensina a escovar os dentes e, ao garoto que presta serviço militar obrigatório, também outras coisas. ”, afirmou o presidente, que em seguida citou um “dado alarmante”: mil amputações de pênis por ano no Brasil “por falta de água e sabão”.
O presidente da República prosseguiu: “Quando se chega a um ponto desses, a gente vê que nós estamos realmente no fundo do poço. Nós temos que buscar uma maneira de sair do fundo do poço ajudando essas pessoas, conscientizando-as, mostrando realmente o que têm que fazer, o que é bom para elas, para seu futuro, e evitar que se chegue nesse ponto ridículo, triste para nós, dessa quantidade de amputações que temos por ano”.
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Ana Helena Paixão, Metrópoles e Globo
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