América Latina

Líderes mundiais se pronunciam sobre confrontos na Venezuela

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EUA, Rússia, Argentina, Brasil, Turquia, Colômbia, México, Espanha, Cuba e outros países se pronunciam sobre o conflito na Venezuela

A Rússia acusou a oposição venezuelana de usar métodos violentos de confronto para tirar o presidente Nicolás Maduro do cargo à força. As informações são da agência Interfax.

“Os problemas enfrentados pela Venezuela devem ser resolvidos através de um processo de negociação responsável, sem condições prévias. Todas as ações devem ser tomadas exclusivamente no âmbito do campo legal, em estrita conformidade com a Constituição e sem interferência externa destrutiva”, afirma comunicado da chancelaria russa.

A Rússia também reitera que defende que “todos os membros da comunidade internacional, incluindo os vizinhos mais próximos do país” sigam os princípios da Carta das Nações Unidas e o direito internacional “para apoiar o retorno da Venezuela ao caminho do desenvolvimento estável e progressivo através do diálogo de todas as forças políticas responsáveis.”

EUA

Mike Pompeo, secretário de Estados dos EUA, mais cedo, havia publicado em uma rede social palavras de apoio a Juan Guaidó, e afirmou que o governo norte-americano apóia o povo venezuelano em busca de liberdade e democracia.

“Hoje o presidente interino Juan Guaidó anunciou o começo da Operação Liberdade. O governo dos EUA apóia totalmente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia. Democracia não pode ser derrotada”, disse Pompeo.

O comando militar do sul dos EUA afirmou que está monitorando os eventos na Venezuela, e que não há mudança de missão no presente, de acordo com a Reuters.

Uma conselheira do presidente Donald Trump, Kellyanne Conway, também se pronunciou sobre o conflito. Ela afirma que o país está ao lado de Guaidó, e Maduro “precisa sair”.

Cuba

“Rechaçamos esse movimento golpista que pretende encher o país de violência. Os traidores que se colocaram na frente desse movimento subversivo empregaram tropas e policiais com armas de guerra em uma via pública da cidade para criar ansiedade e terror”, escreveu o mandatário de Cuba.

Brasil

O porta-voz da presidência do Brasil, Otávio do Rêgo Barros, manifestou-se em nota, afirmando que “o Brasil acompanha com grande atenção a situação na Venezuela e reafirma o irrestrito apoio ao seu povo que luta bravamente por democracia. Exortamos todos os países, identificados com os ideais de liberdade, para que se coloquem ao lado do Presidente Encarregado Juan Guaidó na busca de uma solução que ponha fim na ditadura de Maduro, bem como restabeleça a normalidade institucional na Venezuela.”

Bolívia

“Condenamos a tentativa de golpe de estado por parte da direita que é submissa a interesses estrangeiros. Estamos confiantes de que a valiosa revolução bolivariana e o irmão Nicolás Maduro vão se impor a esse novo ataque do império.”outro texto, o presidente boliviano fez acusações os Estados Unidos, que, de acordo com ele, “busca provocar violência e morte na Venezuela, sem se importar com as perdas humanas”.

Argentina

O presidente da Argentina publicou uma série de mensagens em uma rede social. Ele afirma que celebra “a liberação de Leopoldo López”, e que acompanha a luta do povo venezuelano para “recuperar sua liberdade.”

“Reconhecemos o presidente interino Guaidó, a Assembleia Nacional e não reconhecemos a autoridade do ditador Maduro”. Ele afirmou ainda que espera que esse seja o momento decisivo para recuperar a democracia.

Colômbia

Duque, da Colômbia, pediu para que os militares fiquem “do lado certo da história, rechaçando a ditadura e usurpação de Maduro, unido-se em busca da liberdade, democracia e reconstrução institucional liderada pela Assembleia Nacional e ao presidente Juan Guaidó”.

México

“Através da Secretaria de Relações Exteriores, estão sendo realizadas consultas com os outros dezesseis país que integram o Mecanismo de Montevidéo com o objetivo de encontrar uma rota comum”, disse o governo Mexicano por meio de nota.

O governo do presidente Andrés Manuel López Obrador também expressou “preocupação” com a possível escalada da violência e derramamento de sangue.

Mecanismo de Montevideo é composto por Bolívia, Uruguai, México e a Comunidade do Caribe, bloco que reúne países da América Central.

Espanha

“Desejamos que não se produza um derrame de sangue. Nós apoiamos um processo democrático pacífico e pedimos a celebração imediata de eleições para um novo presidente”, afirmou em um pronunciamento.

Turquia

O ministério de Relações Exteriores da Turquia afirmou estar preocupado com “tentativas contra a ordem constitucional na Venezuela”, de acordo com a agência Reuters.

Venezuela

O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, afirmou nesta terça-feira (30/04) que os Estados Unidos estão financiando a tentativa de golpe de Estado na Venezuela liderada pelo deputado de direita Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país.

O ministro declarou que o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, junto ao secretário de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, e o secretário de Estado, Mike Pompeo, estão articulados junto com o deputado opositor Juan Guaidó.

Pelo Twitter, Arreaza respondeu aos políticos norte-americanos, especialmente a declaração do secretário Pompeo no qual disse que “presidente interino Juan Guaidó anunciou o início da Operación Libertad”.

“Ele faz uma demonstração de diplomacia, promovendo e financiando um golpe violento na Venezuela. A obsessão de Washington em controlar a riqueza do petróleo da Venezuela leva-os ao constrangimento. Eles subestimam a cidade de Simón Bolívar, afirmou o ministro.

O chanceler rechaçou a fala de Pence questionando se o mesmo seria um “bom cristão”. “Ele pede violência, destruição e morte”, disse Arreaza.

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