Ex-companheiro de Élida Seabra botou fogo na casa e atirou mais de 30 vezes contra ela e os dois filhos. Ele não aceitava o fim do relacionamento. A mulher chegou a ser socorrida com consciência e ainda conversou com os policiais, mas não resistiu aos ferimentos
Élida Maria Seabra (57 anos) e os seus dois filhos, João Pedro Seabra (26) e Paulo Henrique Seabra (24), foram brutalmente assassinados na última semana em Belo Horizonte (MG), na Região da Pampulha.
O autor do crime é Tchaikovsky Mourão, ex-companheiro de Élida que não aceitava o fim do relacionamento. Mourão trancou todos em um quarto da casa e ateou fogo no local. Cerca de 30 disparos de arma de fogo foram realizados.
Segundo o Corpo de Bombeiros, Élida teve queimaduras de segundo grau em 70% do corpo. Os filhos da mulher tiveram queimaduras de terceiro grau em 95% do corpo.
Élida foi socorrida com vida e chegou a dizer aos policiais que Tchaikovsky era colecionador de armas e praticava tiro esportivo. De acordo com a polícia, Mourão havia acabado de renovar o registro de todas as suas armas no dia 1º de abril.
Mourão é descendente de russos e na casa dele a polícia afirmou ter encontrado um verdadeiro arsenal. Fortemente armado, o homem forçou as três vítimas a entrarem no quarto e derramou gasolina no cômodo.
Durante o incêndio, as vítimas ainda tentaram fugir para pedir socorro, mas foram alvejadas com diversos disparos de arma de fogo. Mourão foi encontrado sem vida. A polícia afirma que o homem se matou.
“Ele encarcerou os familiares no interior da casa e provocou incêndio na residência”, disse o tenente da PM Renilson Guimarães. Vizinhos relataram ter ouvido dezenas de disparos.
“Foi uma coisa impressionante, muitos tiros, mais de 30 tiros, um atrás do outro, vidro caindo, quebrando. Na hora tomamos um susto muito grande”, relatou uma vizinha.
João Pedro e Élida Seabra foram enterrados no último sábado (27) no Cemitério da Paz. Paulo Henrique, por sua vez, foi enterrado no dia 25 de abril.
João Pedro e Paulo Henrique eram filhos do primeiro casamento de Élida. O assassino, portanto, era padrasto dos rapazes.
Siga-nos no Instagram | Twitter | Facebook