Basta pensarmos um pouco e veremos a falta de lógica das reformas realizadas e propostas e o seu efeito no mercado de trabalho, pois todas elas tendem a aumentar o desemprego
Wallison Ulisses Silva dos Santos*, Pragmatismo Político
Quando o governo Temer propôs o aumento da terceirização no início do seu mandato os defensores desta medida argumentaram que isso aumentaria o número de postos de trabalho, mas o desemprego seguiu aumentando. Veio então a segunda promessa ao povo brasileiro, a reforma trabalhista, com menos regras e mais liberdade haverá mais emprego defendiam a direita, todavia a realidade foi o aumento do desemprego.
Agora no governo Bolsonaro a promessa é que a reforma da previdência irá acabar com o desemprego que segue entre aumentos e quedas, no entanto será que desta vez a tal reforma proposta pela direita irá criar empregos?
Basta pensarmos um pouco e veremos a falta de lógica das reformas realizadas e propostas e o seu efeito no mercado de trabalho, pois todas elas tendem a aumentar o desemprego e os poucos empregos criados serão precários criando trabalhadores pobres e explorados.
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A terceirização mostrou na prática o seu fracasso. Funcionários terceirizados ganham menos e são menos produtivos, tornando as empresas que usam essa relação de trabalho menos eficientes.
A reforma trabalhista praticamente não surtiu efeito, tendo sido um fracasso absoluto e não aumentou o número de trabalhadores de forma grandiosa como prometeram.
Agora virá a reforma da previdência que irá tirar o direito de vários profissionais de aposentarem o que os manterá mais tempo no mercado de trabalho, desta forma pela lógica da oferta e da demanda é fácil chegarmos à conclusão que com mais trabalhadores no mercado o salário tende a diminuir e os jovens tendem a ter mais dificuldades em entrar no mercado de trabalho.
Em resumo o que cria empregos é o crescimento econômico e o que garante a qualidade destes empregos são leis trabalhistas justas que tenham a finalidade de valorizar o trabalhador.
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*Wallison Ulisses Silva dos Santos é graduado em Economia pela UFMT e em Administração pela UNIP, mestre em Economia pela UFMT, coordenador e Professor da Faculdade INVEST Cuiabá.
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