Após Jair Bolsonaro censurar uma propaganda do Banco do Brasil em defesa da diversidade, o governo da Bahia lançou um vídeo institucional com um discurso de respeito às diferenças
O governo da Bahia lançou, na sexta-feira 10, um comercial marcado em diversidade racial, de gênero e de orientação sexual. O vídeo institucional tem um discurso de respeito às diferenças.
“As mina, os mano, as mona. Diverso. Aqui é Bahia, aqui é respeito”, diz um trecho.
Na campanha do governo baiano, comandado por Rui Costa (PT), são exibidos diversos perfis que compõem a população do estado, como negros, negras, brancos, indígenas e LGBTs.
O intuito do vídeo é exaltar e homenagear a pluralidade da sociedade brasileira. A propaganda também dá protagonismo a pessoas com vitiligo, com Down, tatuadas e ainda com dread nos cabelos. Assista:
A peça, algo parecida com a propaganda do Banco do Brasil censurada por Bolsonaro, tem sido vista por internautas como uma ‘resposta’ ao governo federal.
Saiba mais:
Budweiser corrige seus anúncios machistas da década de 50
O lugar das famílias branca e negra no comercial de Natal da Perdigão
Mais um “influenciador digital” perde patrocínio após mensagens de ódio
Há duas semanas, Jair Bolsonaro vetou pessoalmente um comercial do Banco do Brasil voltado para o público jovem e marcado pela diversidade. Em pouco menos de trinta segundos, o vídeo trazia jovens tatuados, de cabelos coloridos, vários deles negros e uma travesti. A crise custou a cabeça do diretor de marketing da instituição, Delano Valentim.
Na última quinta-feira, O presidente do BB, Rubem Novaes, disse que também não gostou do filme, que considerou centrado demais na juventude ‘descolada’.
“O presidente [Jair Bolsonaro] me ligou e viu primeiro do que eu. Isso foi um erro. Eu deveria ter visto primeiro. Assisti o filme publicitário do banco e não gostei. Estranhei. Nosso objetivo é atingir toda a juventude, que não estava no filme, o jovem fazendeiro, o esportista, o nerd”. O executivo baiano é chefiado pelo petista Rui Costa, em segundo mandato consecutivo.
Leia também:
Aumento de gastos com publicidade no governo Bolsonaro pode ser investigado
Mídia tradicional entra em parafuso com ‘padrão Bolsonaro de comunicação’
Como a propaganda se utiliza da mentira para desgastar a moralidade
Catraca Livre e Carta Capital
Siga-nos no Instagram | Twitter | Facebook