"Estou em choque, preciso voltar ao hospital para terminar os medicamentos". Estudante de psicologia é vítima de estupro coletivo durante 4 horas no RJ. Amigo da vítima ainda tentou impedir os agressores, mas os homens estavam armados e o ameaçaram. Exames comprovaram o crime
“Pensei muito em vir aqui me expor, mas sei que assim vou poder ajudar mais vítimas. Ontem, por volta das 21 horas, fui sequestrada na porta da minha casa; 3 homens me estupraram durante 4 horas dentro do carro em andamento, com a arma na minha cabeça, arma no meu corpo, tudo que vocês possam imaginar.”
Foi dessa maneira que a jovem Andreza Nascimento iniciou um trágico relato nas redes sociais nesta sexta-feira (3). Estuprada por mais de quatro horas em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, a estudante de psicologia está em choque.
A Polícia Civil informou que Andreza esperava um amigo na calçada na noite de quinta-feira (2) quando foi surpreendida pelos criminosos. O amigo dela tentou intervir na abordagem, mas foi ameaçado com uma arma.
Os homens obrigaram o amigo dela a dirigir até uma rua de pouca movimentação. Em seguida, os estupradores deram coronhadas no amigo de Andreza e o colocaram no porta-malas do carro. Eles estupraram a jovem durante 4 horas com o veículo em movimento.
Depois de ser violentada, Andreza também foi colocada no porta-malas e os homens ameaçaram botar fogo no veículo. Ela e o amigo conseguiram forçar e abrir o trinco, e encontraram policiais a poucos metros, para quem pediram ajuda. Os autores do crime ainda não foram identificados.
Andreza já foi medicada para evitar uma possível contaminação por doenças sexualmente transmissíveis e detalhou os momentos de medo e terror que viveu. “Não desejo isso pra ninguém […] mas creio que vamos achá-los e eles vão pagar caro pelo que fizeram”, desabafou a jovem.
Exame comprova crime
O resultado do exame de corpo de delito realizado nesta sexta-feira (3) comprova que Andreza foi estuprada. Segundo a Polícia Civil, equipes fazem diligências nas ruas para identificar e localizar os autores do estupro.
Sérgio Caldas, delegado que ouviu a jovem, afirmou que a investigação foi transferida para a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) por conta do tipo de crime.
“Ela estava muito abalada, muito fragilizada. Não queria comer nada, estava desde ontem [quinta-feira] à noite sem comer nada”, revelou o delegado.
Até o fechamento deste texto, a postagem de Andreza nas redes sociais já acumula mais de 7 mil compartilhamentos. Centenas de internautas enviaram mensagens de solidariedade para a estudante.
“Desejo toda força e que você se recupere logo. Conheço bem essa dor”, escreveu uma internauta. “Que esses vermes paguem por tudo o que fizeram”, publicou outro.
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