Homens espancam jovem por ser lésbica em SP: "vai apanhar igual menino!"
Jovem é brutalmente agredida por dois homens por ser lésbica: "Você quer ser menino? Então vai apanhar igual menino". Mãe da vítima desabafa: "Fizeram por puro ódio"
Dois homens agrediram covardemente uma jovem de 19 anos em Praia Grande, no litoral de São Paulo. A vítima foi espancada por ser lésbica. Os agressores colocaram a jovem dentro de um carro e disseram que ela iria apanhar ‘igual menino’.
De acordo com informações da Delegacia da Mulher (DDM), as agressões foram motivadas por homofobia. Segundo as autoridades, a jovem caminhava sozinha quando foi abordada por dois homens ainda não identificados pela polícia dentro de um Fiat Pálio da cor azul.
Depois da abordagem, eles teriam feito piadas sobre a orientação sexual da vítima e começaram as agressões no meio da rua antes de puxá-la para dentro do veículo.
Inicialmente, os homens perguntaram para a jovem se ela sabia as horas, mas foram ignorados. Depois de insistir em saber o horário, o agressor que estava sentado do lado do passageiro deixou o veículo e perguntou para a vítima se ‘ela gostava de ser menino’.
Após ser provocada, a vítima respondeu que sim e foi intimada pelos suspeitos a entrar no carro em que eles se encontravam. Ao resistir à ação, um dos homens deixou o carro e deu um soco na altura das costelas da vítima que também perdeu um dente enquanto era atacada com chutes do lado de fora do veículo.
Ainda segundo a polícia, os suspeitos a arrastaram até o interior do veículo e disseram para a vítima que ela iria ‘apanhar igual a um menino’ enquanto era agredida. Antes de ir embora, a dupla ainda ameaçou a jovem de morte caso fossem reconhecidos e denunciados às autoridades.
A mãe da vítima afirmou que a orientação sexual da filha e o fato de ela estar usando roupas masculinas foram os fatores que motivaram o crime. “Um dos caras no carro disse: você é menino? Ela disse, sim, sou menino. Aí ele falou: então você gosta de ser menino? Então você vai apanhar igual menino”, reforça a mãe.
“Graças a Deus não abusaram dela. A sensação foi mais para bater porque ela falou que gostava de ser menino. Por puro ódio, pura revolta. E você se sente mais revoltado ainda por não ter resposta”, desabafa.
Até a publicação deste texto, os agressores permanecem foragidos. A expectativa da família é que ao menos a placa do veículo utilizado pelos criminosos possa ser identificada por imagens de câmeras de segurança.