Apenas Jair Bolsonaro não acredita no desmatamento da Amazônia
Enquanto Jair Bolsonaro finge não acreditar no desmatamento da Amazônia, principais jornais do mundo e revistas científicas renomadas destacam avanço da devastação predatória em níveis jamais antes vistos na região
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro demite o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e finge não acreditar no desmatamento da Amazônia, os principais jornais do mundo e algumas revistas científicas renomadas destacam o avanço da degradação do meio ambiente no Brasil.
A reportagem de capa da revista inglesa “The Economist” desta semana trata do avanço do desmatamento da Amazônia. O texto diz que o presidente Jair Bolsonaro estimulou a devastação do meio ambiente com suas atitudes e declarações.
“Embora o Congresso e os tribunais tenham barrado alguns dos esforços para acabar com o status de proteção de algumas partes da Amazônia, Bolsonaro deixou claro que os infratores não tem nada a temer”, diz o texto.
O jornal americano “The New York Times” também noticiou o aumento do desmatamento na região amazônica. A reportagem classifica o governo atual como “extrema direita” e diz que a destruição da Amazônia aumentou rapidamente.
“A destruição da floresta amazônica no Brasil aumentou rapidamente desde que o novo presidente de direita assumiu o poder e reduziu os esforços para combater a extração ilegal de madeira, a pecuária e a mineração”.
A última edição da revista científica “Science” diz que o desmatamento na Amazônia está disparando, mas o presidente do Brasil diz que os dados são mentirosos.
“O desmatamento na Amazônia está subindo mais uma vez, de acordo com os dados de monitoramento de satélite. O presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, no entanto, contesta essa tendência e ataca a credibilidade do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe)”.
A “Nature”, outra renomada revista científica, também aborda o crescente desmatamento no Brasil. “Em 19 de julho, Bolsonaro acusou o Inpe de mentir sobre os números e depois sugeriu que o governo tenha o direito de aprovar os dados da agência antes da divulgação pública”, publica a revista.
“Os dados em questão são de um sistema de monitoramento projetado para fornecer alertas rápidos para fiscalizadores detectarem novos buracos de pelo menos 1 hectare na Amazônia”, continua a ‘Nature’.
O jornal inglês “The Guardian” destacou o imbróglio entre o governo federal e o Inpe. O texto começa dizendo que “a floresta amazônica está sendo queimada e cortada no ritmo mais alarmante da história recente, mas o governo Jair Bolsonaro está focado em reinterpretar os dados em vez de lidar com os culpados”.