Redação Pragmatismo
Meio Ambiente 28/Ago/2019 às 13:39 COMENTÁRIOS
Meio Ambiente

Ministro do Meio Ambiente passa mal e é internado em Brasília

Publicado em 28 Ago, 2019 às 13h39

Ministro do Meio Ambiente é internado na emergência em Brasília. Ricardo Salles, de 44 anos, vinha sendo criticado pela falta de uma política efetiva de preservação da Amazônia em meio a uma série de queimadas

ricardo salles passa mal
Ricardo Salles (Reprodução/Gilberto Soares/MMA)

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, 44, foi internado durante a madrugada desta quarta-feira no Hospital das Forças Armadas em Brasília.

De acordo com relatório médico, ele foi admitido na emergência com “quadro de mal estar”. No entanto, ao chegar ao local Salles “encontrava-se sem sintomas”, mas mesmo assim a equipe médica optou por interná-lo para observação. Um novo boletim sobre o estado de saúde do ministro será divulgado às 16h.

Ricardo Salles iria participar de uma cerimônia às 9h juntamente com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com o comandante da Marinha e com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo.

Na manhã de terça-feira o ministro havia participado de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e governadores de Estados da Amazônia legal para discutir medidas conjuntas de combate às queimadas na região.

Questionado sobre a possibilidade de o ministro do Meio Ambiente ter sofrido um infarto, possibilidade ventilada na imprensa ao longo da manhã, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que não estar “sabendo dessa informação”.

“Ele tá bastante jovem, né. Sei que ele não tem idade. Mas ele não está nessa pilha de nervos. Ele está muito bem, estamos conversando, uma pessoa excepcional que tenho como um ministro exemplar”.

Desde o início da crise provocada pelo aumento dos incêndios na floresta Amazônia, o ministro Ricardo Salles tem sido alvo de críticas pela maneira como conduziu a questão, que culminaram com a suspensão, por parte da Alemanha e Noruega, de repasses para o Fundo Amazônia.

A França chegou até mesmo a colocar em dúvida o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul caso o país não mudasse sua postura ambiental. No encontro do G7 o presidente francês Emmanuel Macron chegou a dizer que Bolsonaro “mentiu” ao dizer que iria cumprir os dispositivos do Acordo de Paris.

Tanto o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais quanto a Nasa apontaram um aumento no número de queimadas este ano. Segundo o Inpe, o crescimento foi de 82% entre janeiro e agosto ante o mesmo período de 2018.

A postura do Governo foi criticada também por integrantes do agronegócio, que temem um boicote à carne e soja brasileiros no mercado internacional – a Finlândia chegou a sugerir um bloqueio neste sentido. O primeiro impacto já foi sentido. Nesta quarta-feira 18 marcas estrangeiras como Timberland, Vans e Kipling anunciaram a suspensão da compra de couro nacional como consequência das queimadas, informou o Centro de Indústrias de Curtume do Brasil.

O partido do ministro, o Novo, tentou se distanciar da crise ao afirmar que as posturas de Salles “não refletem” as da legenda no que diz respeito à preservação da Amazônia. Foi aberto um procedimento para que ele seja expulso do partido.

informações de agências e El País

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