Ministro debocha de Lula e inventa que a aspirina foi feita por nazistas
Para justificar crítica a Paulo Freire, ministro da Educação inventa que nazistas criaram a aspirina, comercializada desde 1899. Weintraub ainda debochou de Lula e espalhou a falsa informação de que nenhum paós do mundo adota a pedagogia de Paulo Freire
Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, na manhã desta quinta-feira (1º), o ministro Abraham Weintraub citou um “feito” nazista para explicar o motivo de não gostar do educador brasileiro Paulo Freire.
Abraham Weintraub, ministro da Educação, foi o convidado do programa Morning Show, da Jovem Pan, na manhã desta quinta-feira (1). Para justificar sua repulsa ao educador Paulo Freire, Weintraub inventou que a aspirina foi feita por nazistas.
“A aspirina foi feita pelos nazistas. E eu uso aspirina porque funciona”, disse ele, ao garantir que a pedagogia de Paulo Freire não é utilizada em nenhum outro lugar do mundo porque não funciona.
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Weintraub disse que há “um busto muito feio” do patrono da educação brasileira em frente ao MEC. Weintraub ignorou que Paulo Freire é reconhecido por centenas de universidades ao redor do mundo e que ele recebeu o prêmio Educação Para a Paz, da UNESCO, em 1986. A obra Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire, é a terceira mais citada em trabalhos acadêmicos de todo o mundo.
Provocando risos no jovem comentarista Caio Coppolla, o ministro da Educação ainda aproveitou para debochar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao ser indagado sobre os títulos honoris causa recebidos por Freire.
Aspirina nazista?
Editor do DCM, o jornalista Kiko Nogueira desmontou a mentira do líder do MEC. “Além da ignorância arrogante sobre Paulo Freire, Weintraub mandou uma fake news idiota, para não perder o hábito.”
“Weintraub fez uma sinapse digna de sua capacidade intelectual. Como o remédio é da Bayer e a Bayer é alemã, então é nazista. Está lá no próprio site da empresa que a criação é de 1899.”
Médicos, como Kurt Witthauer e Julius Wohlgemuth da Universidade de Leiden, realizaram os primeiros estudos clínicos com o ácido acetilsalicílico.
O primeiro a publicar seus achados foi Witthauer no artigo “Aspirin ein neue Salicyl-preparat” – (“Aspirina, um novo preparado salicílico”).
Estes primeiros estudos demonstraram que o ácido acetilsalicílico possuía uma eficácia analgésica no alívio da dor de cabeça, superior ao ácido salicílico.
Foi Heinrich Dreser quem deu o nome de Aspirina®ao acetilsalicílico: O “A” vem de acetil, a segunda sílaba “spir” faz uma alusão a Spiraea ulmaria, nome científico da planta de onde pode se obter ácido salicílico, e por fim o sufixo “in”, comumente utilizado na época.
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Em 1º de fevereiro, o nome Aspirin® é submetida a registro de marca no Escritório Imperial de Patentes em Berlim. Em 6 de março o Escritório Imperial de Patentes em Berlim concede a Aspirina® o registro de marca comercial de número 36433.
A Aspirina® começa a ser produzida na fábrica em Elberfeld, um distrito da cidade de Wuppertal, Alemanha.
Moradores de Alter do Chão, no Pará, já mostraram como deve ser tratado este indivíduo que ocupa o ministério da Educação.
É preciso não dar sossego a esse tipo de gente.
Dia 13 de agosto está chegando. É dia de rua. #13AestudantesNasRuas pic.twitter.com/2uEYTlJ0Pu
— andrepiaui (@andrepiaui) August 1, 2019