Meio Ambiente

Queimada devasta terra indígena de 219 mil hectares em MT

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Árvores como ipê, roxinho e jatobá foram encontradas cortadas na terra indígena. Praticamente toda a área de preservação ambiental foi devastada. Foram flagrados caminhões e tratores dos desmatadores, que pretendem explorar ilegalmente a terra

Imagem mostra resultado das queimadas na Terra Indígena (TI) Areões, no município de Nova Nazaré (MT) — Foto: Ibama/Divulgação

A terra indígena Areões foi quase completamente devastada por uma queimada criminosa provocada por desmatadores que pretendem explorar ilegalmente a área.

Trata-se de um território de 219 mil hectares que fica no município de Nova Nazaré, a 800 km de Cuiabá. As informações são do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama).

Nesta quarta-feira (28), agentes do órgão e da Polícia Federal fazem uma operação para tentar identificar os criminosos responsáveis pelo fogo.

A operação é contra o desmatamento, a exploração do cerrado e as queimadas em terras indígenas no estado. Nenhuma pessoa foi presa até o momento.

De acordo com o Ibama, a terra indígena onde vivem cerca de 1,5 mil índios da etnia Xavante é a primeira área alvo da operação ‘Siriema’.

A Terra Indígena Areões, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é a área com mais focos de calor em Mato Grosso.

Os agentes flagraram movimentação de caminhões e tratores dentro da terra indígena e procuram pelos infratores. Árvores, como ipê, roxinho e jatobá foram encontradas cortadas na terra indígena.

O Ibama reúne brigadistas que devem ser enviados ao local para combater o fogo. Conforme constatação dos agentes, quase toda TI já foi atingida pela queimada.

Dia do Fogo

O dia 10 de agosto poderá ser classificado como um momento-chave na história recente da Amazônia. Hoje, ele já é conhecido como o “Dia do Fogo”, quando produtores rurais da região Norte do país teriam iniciado um movimento conjunto para incendiar áreas da maior floresta tropical do mundo.

Essa suspeita está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF). Ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou haver indícios de uma “ação orquestrada” para incendiar pontos da floresta.

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