Wallison Ulisses Silva dos Santos*, Pragmatismo Político
O grande acontecimento do mês de maio foi o corte anunciado pelo Governo Bolsonaro a educação universitária com a justificativa, quase inacreditável, que as universidades públicas não produzem pesquisa e são locais de realização de balbúrdias.
Nos dias seguintes as redes sociais foram entupidas de falsos acontecimento que tiveram como objetivo manchar a imagem das instituições de ensino.
As universidades públicas no Brasil são responsáveis por aproximadamente 90% das pesquisas científicas no Brasil e muito provavelmente os outros 10% são de professores formados nas universidades públicas que realizam pesquisas em instituições privadas. Esses trabalhos resultam em vacinas, tratamentos médicos, pesquisas voltadas a sustentabilidade e análises sociais que servem de base para políticas públicas.
Como professor posso afirmar que a educação é um fenômeno social de longo prazo e isso significa que decisões erradas podem impactar na qualidade das universidades por mais de três décadas.
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Os investimentos na educação já estavam reduzidos por causa da emenda constitucional de congelamento dos gastos públicos proposta e aprovada durante o Governo Temer. Esse segundo corte ataca a alma das universidades que é a pesquisa e extensão. Comprometer a qualidade das instituições que são do provo brasileiro pode ser uma estratégia de precarizar a educação pública para em poucos anos propor a privatização.
A paralisação de pesquisas aumentará a dependência tecnológica do Brasil e reduzirá a produtividade do trabalhador. Estes resultados aumentaram a distância do Brasil em relação aos países desenvolvidos. A defesa da educação pública é do interesse de todos os brasileiros pela garantia de um futuro melhor.
*Wallison Ulisses Silva dos Santos é graduado em Economia pela UFMT e em Administração pela UNIP, mestre em Economia pela UFMT, coordenador e Professor da Faculdade INVEST Cuiabá.
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