Redação Pragmatismo
Armas de Fogo 27/Set/2019 às 13:43 COMENTÁRIOS
Armas de Fogo

Eduardo Bolsonaro faz “arminha” em monumento pela paz da ONU e se justifica

Publicado em 27 Set, 2019 às 13h43

Eduardo Bolsonaro cita John Lennon em explicação tosca para justificar a “arminha” que fez ao posar para foto em frente ao monumento pela paz da ONU. Filho do presidente está passeando por Nova York e “causando” no Twitter

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) está passeando por Nova York e “causando no Twitter”. Depois de publicar uma fake news irresponsável sobre a adolescente Greta Thunberg, o filho do presidente publicou uma imagem em que posa fazendo “arminha” em frente ao monumento pela paz da ONU.

O monumento do revólver com o cano amarrado em um nó está exposto na sede da ONU em Nova York e é obra do artista sueco Carl Fredrik Reuterswärd.

Na legenda da foto com arminha, Dudu escreveu: “As operações de paz da ONU acertadamente usam armas. Mas na entrada do prédio da ONU em NY fica essa escultura desarmamentista. Como todo bom desarmamentista eis a máxima ‘armas para mim, desarmamento para os outros’”.

O monumento concebido por Reuterswärd, que faleceu em 2016, traz um Colt Magnum 357 com o cano amarrado em um nó como símbolo da paz após o assassinato em Nova York de seu amigo John Lennon, morto a tiros em 8 de dezembro de 1980 por Mark Chapman. Luxemburgo, que adquiriu uma das primeiras versões da escultura, doou a peça em 1988 às Nações Unidas.

Eduardo foi duramente criticado nas redes sociais após protagonizar mais essa alegoria tosca. Você É burro? Olha a época que isso foi construído! Leia as notícias da época. A escultura tem sentido nas Nações Unidas — que é uma tentativa dos seres humanos de resolver conflitos pelo diálogo e política”, explicou uma internauta.

O deputado brasileiro e possível futuro embaixador do Brasil nos EUA se justificou. Segundo ele, o melhor seria criar um monumento com as mãos do assassino de John Lennon.

“O assassinato do John Lennon é o pano de fundo para calar os pró-legítima defesa que ousarem falar contra – quem poderia ser contra essa escultura, ainda mais em tempos de politicamente correto? O que aconteceria se John Lennon estivesse armado?”, questionou o deputado. Diversos internautas rebateram o tuíte perguntando a Eduardo “o que aconteceria se o assassino de John Lennon não tivesse tido acesso a armas”.

Procurando se defender, Eduardo citou a Venezuela. “As mesmas armas que o povo venezuelano clama para poder sair das garras de um narcoditador mas não tem, porque em 2012 uma lei os desarmou, em que pese sua constituição ter o art. 350. Ou as armas das missões de PAZ da ONU?”, disse.

Ainda tentando se justificar, o deputado voltou a dizer que sua opinião é divergente da dos desarmamentistas e deve ser respeitada. “Ao menos que botem na entrada da ONU as mãos do assassino de John Lennon, pois o revólver não atirou sozinho”, finalizou.

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