Justiça condena homem que queimou a namorada viva após ela ser estuprada pelo cunhado dele. Isabela era estudante universitária e completaria 20 anos uma semana depois do dia do crime
A Justiça de São Paulo condenou William Felipe Alves, de 21 anos, a 21 anos e 7 meses de prisão pelo assassinato da namorada dele, Isabela Miranda de Oliveira, de 19 anos. O crime aconteceu no dia 3 de março (relembre aqui).
Leonardo da Silva, cunhado do namorado, foi condenado a 14 anos de prisão. Ele estuprou a jovem quando ela estava desacordada, momentos antes de ela ser assassinada por William.
A universitária Isabela Miranda foi incendiada viva William. Ela teve 80% do corpo queimado. O homem matou a jovem após flagrá-la deitada na cama com Leonardo.
Isabela tinha bebido muito naquele dia e, inconsciente, foi estuprada por Leonardo. O assassinato ocorreu durante uma festa em um sítio em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.
“Não é possível descurar que a vítima, a que se ateou fogo, estava embriagada, reduzindo ainda mais sua capacidade de resistência ao meio empregado”, escreveu o juiz Rafael Carvalho de Sá Roriz em sua sentença.
O crime
Durante um churrasco em um sítio na cidade de Franco da Rocha (SP) no domingo de carnaval, Isabela passou mal após ingerir bebida alcoólica e foi levada por amigas até um quarto no andar de cima da casa.
Testemunhas afirmam que Leonardo da Silva subiu até o local para abusar sexualmente da jovem enquanto ela estava apagada. William Felipe flagrou os dois na cama.
Em seguida, com a ajuda da irmã, William espancou Isabela — que já estava inconsciente por conta da bebida — e jogou a jovem em um colchão em chamas.
Na delegacia, William Felipe contou que imaginou que o ato entre Isabela e Leonardo fosse consensual, mas uma testemunha rebateu a versão do assassino.
“Todo mundo viu que a Isabela estava muito mal, desacordada. Ele, na condição de namorado, sabia disso mais do que qualquer pessoa”, relatou.
Família arrasada
Isabela fazia faculdade de administração e trabalhava e completaria 20 anos uma semana depois do dia do crime. Familiares contam que ela era “tranquila e estudiosa”.
“Uma menina de ouro, estudiosa, ótima filha, estava trabalhando em uma multinacional, estudando inglês, para subir na vida”, descreveu uma prima durante o enterro.
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“Ela não tinha o hábito de beber. Mas como ela estava lá com o namorado dela, sentindo-se segura, ela foi bebendo e acabou passando mal. Ela estava apaixonada por ele”, revelou, à época, o tio de Isabela.
“Eles [William e a irmã] encheram a minha sobrinha de porrada. E pior, ela estava totalmente entregue, sem reação alguma. Eles bateram muito nela”, disse.
A Justiça não informou qual é a situação da irmã de William, que segundo testemunhas participou do espancamento de Isabela.