Menina se joga do 1º andar para não ser estuprada pelo pai
Menina pula de primeiro andar de residência para fugir de tentativa de estupro do pai em Fortaleza (CE). Vizinhos acionaram a polícia
Para fugir do próprio pai, uma menina de 10 anos de idade pulou do primeiro andar de casa na manhã do último domingo (8) em Fortaleza (CE). O homem queria estuprá-la.
A criança foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhada ao hospital. Até a publicação deste texto, o agressor permanece foragido.
A polícia informou que a menina passava o fim de semana com o pai e que estava no andar superior da casa quando o homem tapou a boca dela e tentou estuprá-la. A filha conseguiu se desvencilhar do homem e pulou.
Depois de cair, ela se rastejou para pedir ajuda até a porta de um vizinho, que acionou a polícia por volta de 6h. Quando os policiais a encontraram, ela apresentava inchaço e olhos roxos, informaram os agentes.
“Me ajuda, pelo amor de Deus”
O vizinho afirmou que a criança disse “pelo amor de Deus, me ajuda, papai quer me estuprar”. O pai da menina ainda foi até o vizinho tentar convencer a filha a retornar para casa.
“A única coisa que eu fiz foi mandar ela entrar, fechei o portão. Com pouco tempo o pai dela desce. Falou nada demais, só disse que era filha dele, que ela não fizesse aquilo, que tava prejudicando ele. Eu disse ‘não, se ela tá prejudicando eu não sei, só sei que na minha casa você não entra, eu quero saber realmente o que tá acontecendo'”, relatou o vizinho.
“Ela entrou se rastejando no chão, sentou na cadeira. Só tava um pouco sangrando, um pouco machucada e com dor na perna, no pé”, acrescentou.
Funcionários do hospital afirmaram que a criança reclamava de dores na coluna e chorava bastante quando chegou à unidade. O nome do pai da criança não foi divulgado pela polícia.
Em nota, a Secretaria de Segurança do Ceará afirmou que o homem tem 34 anos e possui antecedentes criminais por violência doméstica, roubo e furto. O caso foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e será transferido para a Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (DCECA).
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O serviço funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive nos finais de semana e feriados. As denúncias recebidas são analisadas e encaminhadas aos órgãos de defesa e responsabilização, conforme a competência, num prazo de 24h. A identidade do denunciante é mantida em absoluto sigilo (as informações são da UNICEF).