Homem executa moradora de rua que pediu R$ 1 para comprar pão
Homem saca arma de fogo e executa moradora de rua a sangue frio. Depois do crime, ele sai andando com a arma na mão enquanto a vítima fica caída. Uma testemunha tenta socorrer a mulher e acena para um carro que passa, mas ninguém para
Uma moradora de rua conhecida como Néia, de 31 anos, foi executada a sangue frio em Niterói (RJ) na manhã do último sábado (16). Depois de ser baleada, ela ainda chegou a ser socorrida pelos bombeiros para o Hospital Estadual Azevedo Lima, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
O crime só foi elucidado nesta quarta-feira (20) após a divulgação das imagens de câmeras de segurança. O nome do assassino é Aderbal Ramos de Castro. Ele está preso na Delegacia de Homicídios de Niterói.
“Minha irmã só pediu R$ 1 para comprar pão. Ele ficou de graça, dizendo que iria dar um tiro nela. Minha irmã falou que duvidava e foi atrás dele. Foi quando ele atirou”, disse a irmã de Néia, que pediu para não ser identificada por ter medo do autor dos disparos.
“Minha irmã tinha casa, mas preferia ficar na rua. Nunca imaginei que algo parecido poderia acontecer com ela algum dia. Nossa família está arrasada”, desabafou a mulher.
Daniela Lopes, advogada de Aderbal, afirmou que ele é dono de uma lanchonete que fica na região e estava a caminho do trabalho quando o crime aconteceu. A advogada afirma que seu cliente apenas “reagiu a um assalto”.
Investigação
De acordo com o delegado Bruno Reis, que investiga o caso, Aderbal alegou que reagiu a uma tentativa de assalto, mas a polícia não acredita nessa possibilidade.
“Pelo menos até agora, a hipótese alegada de legítima defesa é fantasiosa. No depoimento, ele disse que não sabia nem se a vítima era homem ou mulher. Apenas que se assustou por achar que seria assaltado e atirou”.
Ainda segundo Reis, Aderbal possui posse, mas não porte de armas. E, em função disso, não poderia estar armado na rua já que a posse de arma autoriza apenas ter arma em casa ou em local de trabalho.
“Ele confirmou que mantinha aquela arma em casa, mas que, naquele dia, decidiu levá-la ao trabalho porque tinha medo de ser assaltado no caminho”, explicou o delegado.
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Após disparar pelo menos duas vezes contra a vítima, Aderbal saiu andando tranquilamente como se nada tivesse acontecido, enquanto Néia ficou caída no meio da rua. Uma testemunha que viu o crime tenta socorrer a vítima e acena para um carro que passa, mas ninguém para.
VÍDEO:
