Porta-voz do MBL é detido por chutar cozinheira e chamá-la de “crioula”
Porta-voz do MBL é preso por chutar cozinheira e chamá-la de “crioula”. O jovem de 24 anos pagou fiança e já está em liberdade
O porta-voz do MBL (Movimento Brasil Livre) em Belo Horizonte, Thiago Dayrell, foi detido por policiais militares, na noite desse sábado (9), suspeito de agredir uma das cozinheiras de um restaurante localizado na Savassi.
Funcionários do estabelecimento relataram que o rapaz de 24 anos também chamou a vítima de “crioula” durante a discussão. Ele nega ter agredido ou xingado os atendentes e afirma que foi espancado.
A confusão teria se iniciado no momento em que Thiago pagava a conta. Funcionários do Takos Mexican Gastrobar contaram aos policiais que ele se exaltou ao reclamar do atendimento.
Um dos integrantes da equipe do restaurante solicitou que o cliente abaixasse o tom de voz para tentar conversar. Nesse momento, segundo os trabalhadores, o rapaz teria arremessado um cartão bancário e dito: “Cobra essa porra logo”. Diante da cena, uma das cozinheiras decidiu se aproximar e pediu calma.
Os funcionários contaram que, ao ver a mulher e ouvir o seu pedido, o porta-voz do MBL em BH teria dito: “Não coloca a mão em mim, sua criola”. Ainda relataram que, diante disso, ordenaram que o cliente saísse da loja. Nesse momento, Thiago teria insultado e colocado uma mão em um dos atendentes.
Ao ver a cena, a vítima disse que tentou separar a confusão. Nesse momento, ainda segundo os funcionários, Thiago teria agarrado a cozinheira pelo pescoço e chutou sua perna direita. Pessoas que estavam no local precisaram apartar a briga.
Detido pelos policiais, Thiago alegou que apenas se defendeu ao ser agredido fisicamente por quatro funcionários após reclamar da demora no atendimento. Ele ainda disse que levou um chute na cabeça e foi atingido com uma cadeira durante a briga. A namorada do jovem contou que precisou intervir para cessarem os golpes contra o rapaz.
A PM (Polícia Militar) levou Thiago Loureiro Dayrell Costa para a CEFLAN 2 (Central de Flagrantes). Ele foi ouvido pelo delegado de plantão e responderá, ao menos, por vias de fato. Depois de ser ouvido, Thiago pagou fiança no valor de R$ 1 mil e foi liberado.
Na manhã de segunda-feira (11), assessoria de imprensa do restaurante enviou nota com posicionamento sobre o caso. “Em resposta à imprensa e aos clientes, o Takos Mexican Bar informa que repudia toda e qualquer forma de preconceito, como o racismo, além de desrespeito ou violência”, destaca. “A empresa esclarece, ainda, que está aguardando a apuração da polícia sobre o caso e está colaborando com as informações necessárias”.
via BHAZ