O ministro da Educação, Abraham Weintraub, classificou o desempenho do Brasil no Pisa de “tragédia” e atribuiu a culpa pelos resultados “integralmente ao PT” e a “Paulo Freire”
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, classificou nesta terça-feira (3) o desempenho do Brasil no Pisa de “tragédia” e atribuiu a culpa pelos resultados “integralmente ao PT”.
Divulgado nesta terça, o Pisa aplicado em 2018 mostrou uma estagnação do Brasil nos indicadores de educação por quase uma década.
“Estamos estagnados desde 2009, não houve progresso. Estatisticamente estamos de lado, a despeito do aumento dos recursos que foram investidos. Porque a técnica e o formato que estávamos fazendo são ruins. Este governo não tem nada a ver com este Pisa”, declarou o ministro, em uma entrevista coletiva marcada por críticas à imprensa.
“O símbolo máximo do fracasso da gestão do PT começou quando foi construída a lápide da educação, que está lá embaixo na entrada do MEC, que é esse mural do Paulo Freire. Representa esse fracasso total e absoluto. Então, sim, [o Pisa é] integralmente culpa do PT, integralmente culpa dessa doutrinação esquerdófila sem compromisso com o ensino. Que quer discutir sexualidade e não quer ensinar a ler e escrever”, disse Weintraub.
O ministro eximiu o ex-presidente Michel Temer de responsabilidades nos indicadores por ele “ter ficado pouco tempo” no poder. O PT, por sua vez, saiu do poder há quase 4 anos.
Aplicado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) a cada três anos, o Pisa avaliou em 2018 alunos de 15 anos de 79 países ou regiões. O Brasil ocupa no ranking da avaliação a 42ª posição em leitura —habilidade que foi foco da avaliação em 2018— a 58ª em matemática e a 53ª em ciências.
No final de novembro, Weintraub disse que o Brasil figuraria no último lugar da América do Sul no Pisa, o que representaria o “fruto desses 16 anos de PT e de abordagens esquerdistas”.
Apesar da estagnação registrada, a previsão do ministro não se concretizou: com exceção do ranking de ciências, em que aparece empatado com Argentina e Peru, o Brasil está ligeiramente à frente da Argentina em matemática e de Argentina, Colômbia e Peru em leitura.
Agência Estado
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