Ao confirmar a demissão de Roberto Alvim, Jair Bolsonaro deixou claro que a razão para a exoneração é a repercussão da monstruosidade, não a monstruosidade em si
Jair Bolsonaro demitiu o nazista Roberto Alvim, secretário de Cultura. O motivo?
“Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência”, escreveu no Twitter.
O tal “pronunciamento infeliz” é um plágio de Goebbels usado num vídeo de estética nazi, com direito a Wagner de fundo musical.
O trecho usado pelo perigoso idiota, copiado do ministro da Propaganda de Hitler, era o seguinte:
A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada.
Sai Alvim, mas esse projeto continua de pé por ser da essência nazi-fascista do governo.
Ontem mesmo, Bolsonaro declarou que esquerdistas “não merecem ser tratados como se fossem pessoas normais e quisessem o bem do país”.
É uma reedição da fórmula nazista para eliminação física dos judeus, classificados como “vermes” pelo regime.
Você desumaniza para destruir. Está no cerne do bolsonarismo.
“Deus acima de tudo. Não tem essa historinha de Estado laico não. O Estado é cristão e a minoria que for contra, que se mude. As minorias têm que se curvar para as maiorias”, falou Jair em 2017 num comício.
Os exemplos de afinidade com a barbárie nazi são inumeráveis.
Alvim apenas deu o nome certo para a aberração que comanda o país.
O Globo relata seus últimos minutos em seu gabinete.
Bolsonaro lhe telefonou para saber sobre a menção a Goebbels.
“Alvim disse se tratar de uma coincidência e ouviu do chefe que não retrocedesse e seguisse com a agenda, inicialmente programada para divulgar o Prêmio Nacional das Artes”, conta a matéria.
Jair mudou de ideia por causa do barulho.
O führer segue em seu bunker — e precisa cair antes de arruinar o que resta da democracia.
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