"Continuem traindo seus homens. Já já tomarão o mesmo destino dela". PM faz apologia ao feminicídio após assassinato de mulher. Conselho se manifesta e diz que medidas jurídicas serão tomadas
O policial militar Carlos Eduardo foi preso no último sábado (25) após matar a própria esposa e um homem, que seria amante dela. O crime ocorreu em São Luís (MA).
Segundo testemunhas, Carlos Eduardo teria chegado mais cedo em casa e flagrado a esposa, identificada como Bruna Lícia, junto com outro rapaz. Irritado, o militar efetuou sete disparos contra os dois, que morreram na hora.
Após o crime, Carlos Eduardo entregou a arma para o tio, que é sargento da polícia, e foi levado para a Superintendência Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).
O crime repercutiu nas redes sociais e muitos homens culparam a vítima, Bruna Lícia, e alegaram que o assassinato cometido por Carlos Eduardo foi justificável.
Tiago de Jesus Martins das Dores
O comentário que mais recebeu destaque foi o de Tiago de Jesus Martins das Dores, que também é da Polícia Militar de São Luís (MA). “Continuem traindo seus homens. Já já tomarão o mesmo destino dela”, escreveu Tiago.
O Conselho Regional de Serviço Social no Maranhão (CRESS-MA) afirmou que a postura de Tiago, que também é assistente social do Núcleo de Saúde da Polícia Militar, “reforça apologicamente a naturalização do feminicídio”.
A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) instaurou um procedimento para apurar a conduta de Tiago de Jesus. De acordo com o secretário da SSP do estado, Jefferson Portela, o feminicídio é um crime e que deve ser tratado da mesma maneira por todas as pessoas que integram o Sistema de Segurança.
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