Cultura

Regina Duarte é convidada para substituir Roberto Alvim

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Jair Bolsonaro convida Regina Duarte para substituir Roberto Alvim na Secretaria de Cultura. Atriz deve se manifestar nas próximas horas

Bolsonaro e Regina Duarte

Após a demissão do teatrólogo Roberto Alvim, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) definiu a atriz Regina Duarte como seu principal alvo para assumir a Secretaria Nacional de Cultura.

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o convite já foi feito e Regina deve dar a resposta até o próximo sábado (18). A atriz já foi convidada anteriormente por Bolsonaro para o posto, mas recusou. Entretanto, desta vez o assédio a ela aumentou.

Regina, conhecida por suas posições de direita, vem sendo cortejada por membros do entorno de Bolsonaro desde o anúncio da saída de Roberto Alvim.

A atriz disse a interlocutores que ficou animada, mas ainda está em dúvida sobre assumir o cargo. O nome dela também foi levado por um parlamentar próximo ao presidente ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Demissão de Roberto Alvim

Roberto Alvim foi demitido após fazer um discurso no qual usou frases praticamente idênticas às usadas por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler durante o governo nazista. Goebbels era antissemita radical e foi um dos idealizadores do nazismo.

A princípio, Bolsonaro tinha a intenção de manter Alvim no cargo. No entanto, as pressões para a demissão do teatrólogo partiram de todos os lados e, segundo o presidente, a permanência de Alvim no governo ficou “insustentável”.

Curiosamente, horas antes de ser demitido, Alvim foi um dos convidados da live semanal no Facebook de Jair Bolsonaro. Na transmissão, Bolsonaro disse: “Ao meu lado aqui o Roberto Alvim, o nosso secretário de Cultura. Depois de décadas, agora temos sim um secretário de cultura de verdade, que atende o interesse da maioria da população brasileira, uma população conservadora e cristã.”

Compare os discursos

Roberto Alvim:
“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo – ou então não será nada”

Joseph Goebbels:
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”

No discurso de Goebbels, feito para diretores de teatro, ele buscava dar uma orientação estética aos artistas. Ele reconhecia que o expressionismo, escola artística que ganhou força na Alemanha no fim do século XIX, tinha tido algumas ideias básicas “positivas”, mas se degradara no experimentalismo.

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