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Lula encontra Francisco: “Uma conversa sobre um mundo mais justo”

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Papa Francisco quis saber como Lula reduziu desigualdade no Brasil. Ex-presidente definiu o encontro como uma "conversa sobre um mundo mais justo e fraterno"

Em sua primeira viagem internacional depois de mais quatro anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido pelo papa Francisco, para discutir o combate à desigualdade.

O encontro foi realizado pouco antes das 16h (horário de Roma, 12h de Brasília; às 15h49, segundo o ‘Corriere della Sera’) desta quinta-feira (13) na Casa Santa Marta, ao lado da Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde o papa reside.

“Encontro com o Papa Francisco para conversar sobre um mundo mais justo e fraterno”, escreveu o ex-presidente. O líder da Igreja Católica – que deu uma bênção ao líder brasileiro – ganhou um exemplar do livro ‘Lula e a Espiritualidade: oração, meditação e militância’ (editoras 247 e Kotter).

Em entrevista ao ‘Brasil de Fato’, o teólogo brasileiro Leonardo Boff pontuou que um dos grandes temas do encontro seria a desigualdade social e afirmou que o papa Francisco pretendia “perguntar a Lula como é que ele conseguiu diminuir a desigualdade no Brasil”.

“É o encontro de dois grandes carismáticos, líderes reconhecidos mundialmente. Isso é bom para o papa, que colherá a experiência do Lula no processo de diminuição da desigualdade. Para o Lula, é importante encontrar-se com o papa, que tem as mesmas propostas de acusar e rejeitar esse sistema mundial que cria tantos pobres, agride a natureza e é anti-vida. O papa tem acusado essa desigualdade como consequência de uma forma de produzir e de explorar os trabalhadores e a própria natureza”, disse o teólogo.

Durante sua prisão na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, Lula escreveu ao papa e falou de sua busca por justiça. Recebeu resposta solidária do Sumo Pontífice: “Tendo presente as duras provas que o senhor viveu ultimamente, especialmente a perda de alguns entes queridos — sua esposa Marisa Letícia, seu irmão Genival Inácio, e mais recentemente, seu neto Arthur, de somente 7 anos — quero lhe manifestar minha proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus”.

No último dia 5, Lula escreveu em rede social sobre o encontro: “Vou visitar o Papa Francisco para agradecer não só pela solidariedade que teve comigo em um momento difícil, mas sobretudo pela dedicação dele ao povo oprimido. Também quero debater a experiência brasileira no combate à miséria”.

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